A noite prometia ser de arromba e assim foi...
É certo que não começou da melhor maneira, pois Joaquim Bastinhas teve por diante um Pégoras manso até dizer chega, tendo sido cravada a ferragem ordem a sesgo, com o oponente a dar umas fortes mangadas, ultrapassadas pela maestria do cavaleiro de Elvas. No final foi aos médios e recolheu os merecidos aplausos.
Segui-se Vítor Ribeiro com uma lide muito ligada ao toiro da mesma divisa. O oponente, mais colaborante que o primeiro, deixou Ribeiro tourear de frente e cravar ferros de belo efeito. Esteve valente e em plano de triunfo. Esteve à Ribeiro!
João Moura Caetano foi a Elvas rubricar a actuação mais redonda da noite. O bravo toiro da herdade de Pégoras arrancava-se com vontade e permitiu ao toureiro brilhar, tendo este dado a lide adequada. Com o Xispa a emoção esteve em praça e os ferros ao piton contrário reinaram.Voltando um pouco atrás, de sublinhar a forma como Caetano recebeu o oponente nos médios. Uma coisa do outro mundo, um dos grandes momentos da noite.
Marcos Tenório "Bastinhas Jr" esteve irregular. O toureiro da terra quis fazer tudo à pressa e isso saíu-lhe mal. Quando estava a triunfar deixou o passarinho voar e no final não deu volta.
Segui-se João Soller Garcia com uma actuação muito vistosa. Bons ferros curtos, bons remates, boa brega. Depois dos "números das mordidelas, dos cavalos que batem palmas, daqueles que se deitam ou daqueles que ficam de joelhos, eis que Soller apresenta em praça um "número novo": Um cavalo que dá coices!Tirando este pormenor (?) esteve bem.
Na lide a duo (um toiro de Passanha) Bastinhas (pai e filho) reencontraram-se com a aficion elvense.
Um grande entendimento, uma actuação que primou pela forma como fixaram o adversário e cravaram a ferragem da ordem. Uma grande actuação que culminou com o selo da casa: Pares de bandarilhas e um público em delírio!.
Não sou grande apreciador das lides a duo, mas quando são desenhadas como aquela que os Bastinhas pintaram, a coisa é outra!
No capitulo das pegas a noite nem sempre foi fácil para os moços de Évora e de Elvas.
Para a história fica a rija pega a sesgo do valente eborense Gonçalo Pires (à terceira), João Pedro Oliveira à primeira, numa grande pega, e a prestação do cabo, Bernanrdo Patinha, à segunda.
Pelos Académicos de Elvas: Afonso Martins (à terceira), Joaquim Guerra que fez um pegão (à primeira) e David Barradas numa pega vistosa.
Dirigiu Júlio Gomes, assessorado pelo Dr. José Guerra.
Foi cornetim de serviço José Henriques e a embolação esteve a cargo do grande José Paulo.
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