Até Abril de 2012 estará
patente na sala de exposições temporárias do Castelo de Vila Viçosa uma mostra
dedicada ao aguarelista Alberto de Souza (1880 – 1961).
As obras
expostas integram um conjunto denominado Toirada, uma encenação
que pretendeu recuperar um espectáculo de c 1640, com os personagens
representativos de classes sociais e profissionais da época, a produzir no
âmbito das Comemorações dos Centenários.
Estas Comemorações, promovidas com grande
investimento do regime em 1940, celebravam a fundação da nacionalidade - 1140,
com as actividades a centrarem-se em Guimarães, a epopeia dos Descobrimentos –
com a grande Exposição do Mundo Português, em Lisboa e, irradiando de Vila
Viçosa, as celebrações da Restauração de 1640.
O Museu da Restauração foi pensado, na sequência
das Comemorações dos Centenários, particularmente das celebrações da subida ao
trono de D. João IV, como prolongamento material dos efémeros festejos. O
espólio foi sendo reunido pela Comissão dos Centenários, tutelada pelo
Ministério das Finanças, em conjugação com a Fundação da Casa de Bragança.
Inicialmente este museu seria instalado no Palácio
da Independência, sede da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, no
Largo de S. Domingos da Baixa lisboeta. Quando a Mocidade Portuguesa decide
requisitar esse edifício, perante a necessidade de novo espaço, o Castelo de
Vila Viçosa aparece como a melhor solução. Neste contexto, o
Museu-Biblioteca da Casa de Bragança recebe o espólio do museu, constituído por
uma biblioteca temática, algum armamento e pinturas, em que se inclui o
conjunto de aguarelas da autoria de Alberto de Souza.
Tiago Salgueiro