DIÁRIO TAURINO TRIUNFADOR EM 2011, 2012 e 2013! ESTE BLOG FOI GALARDOADO COM OS TROFÉUS IMPRENSA do SORTILÉGIO CLUBE-REGUENGOS DE MONSARAZ (2011), TERTÚLIA TAUROMÁQUICA DE ESTREMOZ (2011) E AINDA COM O TROFÉU IMPRENSA DA TERTÚLIA TAUROMÁQUICA NOSSA SENHORA DO CARMO, EM SOUSEL (2011 e 2012). EM 2013 GALARDOADO PELA TERTÚLIA TAUROMÁQUICA DE ALAGOA. OBRIGADO A TODOS OS LEITORES. ESTES TROFÉUS SÃO VOSSOS!
--------------------------A informação taurina passa diariamente por aqui. Um blog ao serviço da festa e dos toureiros portugueses----------------------

domingo, 4 de dezembro de 2011

Agora é a vez de Chaubet!


No site somos-antitouradas@gmail.com-foram publicados uns versos com o título "RELATO DE UM TOIRO "BRAVO" (?) É um queixume contra o tratamento que lhe dão no toureio.
Curiosamente, possivelmente em simultâneo com as lamentações referidas e ouvidas pelo "anti" que as pôs no site, também chegaram ao meu conhecimento manifestações de um toiro. Embora de sentido contrário a
estas. São de um toiro lutador, adulto, que sabe o que quer e o que esperam dele. Avaliemos os dois relatos e respeitemos a opinião de um e outro toiro.

Relato de um Touro Bravo. (do somos-antitouradas já referido)


Sou negro, forte e imponente,

Ao mesmo tempo inocente,

Amigo e natural,

Não percebo porque nos fazem tão mal.


Tradições, não são por vezes cultura,

São espaços no tempo que ficaram por preencher,

Espaços de tortura.

O que os Touros estão a sofrer.


Bandarilhas no meu corpo são espetadas,

Sem piedade ou ternura,

9cm o meu dorso é penetrado,

Estremecendo o meu coração magoado.


Ofegante estou, por tanto correr,

As minhas patas estão cansadas e são o meu suporte,

Bandarilhas caem a ferver.

A adrenalina leva-me para a morte.


Vejo os olhos raivosos de quem não ama,

Cheios de ódio e agonia.

Vingam-se em mim, sem dar razão.

Como conseguem tal rebeldia?


O areoso chão da praça semi vazia,

Ganha uma cor para mim antes desconhecida.

Uma cor encarnada escurecida,

Nos meus olhos ela é reflectida.


Penso porque terei aquele fim,

Tão desprezível e humilhante,

A minha dor, a dor …

Está cada vez mais sufocante.


Sinto o sabor do sangue,

Que me sai pela boca fora,

Desisto deste massacre,

Prefiro morrer,

Ir embora.


RELATO DE UM TOIRO "REALMENTE" BRAVO (relato ouvido por mim)

Sou negro, forte e imponente,

Ao mesmo tempo inocente,

Amigo e natural,

Sei que me admiram

Não me querem fazer mal.

Tradições são cultura,

Não são espaços de tortura.

Para me animar bandarilhas

São no meu corpo espetadas.

Com certo cuidado e ternura,

Meu dorso é penetrado,

Estremecendo meu coração excitado.

Ansioso estou, pronto a correr,

As minhas patas calejadas dão o mote.

Bandarilhas fazem meu corpo ferver,

A adrenalina é o meu suporte.

Vejo olhos dengosos

Cheios de amor e simpatia.

Entro no jogo sabendo a razão,

Sem um assomo de rebeldia.

O areoso chão da praça semi vazia,

Ganha uma cor antes desconhecida.

Uma cor encarnada escurecida,

Nos meus olhos ela é reflectida.

Sei qual será o meu fim,

Glorioso e brilhante,

A minha dor, a dor …

É como a carícia de um amante.

Vivo o calor da luta,

Para ela é que fui criado

Prefiro morrer lutando

Do que como mísero

Boi capado.
 
 
(Chaubet)- Opinião