Joaquim Bastinhas
E com o Temperamento veio a arte...Grandes momentos!
-Em Elvas, na
segunda corrida da Feira de São Mateus
houve atuações para todos os gostos, mas para mim, ficam as de João Moura Caetano, Manuel Telles Bastos e
a duo, Joaquim e Marcos Bastinhas.
Meia casa bem
composta e um curro de toiros de Maria
Guiomar Cortes de Moura com volume, alguma mobilidade, mas a transmitir
pouco para as bancadas.
Nota positiva para os quatro últimos, enquanto, saíram a
menos, os dois primeiros, andarilhos e a pedirem muita ligação.
Foi isso que fez Joaquim
Bastinhas no toiro que lidou em solitário, tendo desenvolvido uma lide sóbria.
Cravou a ferragem, mostrou-se e alcançou bons momentos.
António Telles,
com muita verdade, andou também sempre ligado, mostrando-se ao oponente e
alcançou também o triunfo com ferros ao estribo de grande nota, bem ao jeito do
Maestro da Torrinha.
João Moura Caetano,
perante o melhor toiro da corrida e embalado pelos êxitos, não deixou fugir a
oportunidade e brilhou a toda a prova, dando o mote logo pela forma como
recebeu o astado nos médios.
Com o Temperamento
foi o auge e depois com o Xispa o
remate. Triunfou com os seus ferros de arte, com as batidas ao piton contrário
e de forma empolgante como aguentava as investidas!
Segui-se Manuel
Telles Bastos com um toureio muito clássico, mas acima de tudo muito sério.
Esteve enorme!
Bastos mudou de terrenos durante a lide, aproveitou as
investidas e cravou ferros de grande nota. Este toureiro tem vindo a crescer.
Marcos Bastinhas
brilhou por violinos e pela brega que imprimiu ao toiro.
O cavaleiro de Elvas andou em bom plano, rematando as sortes
com tourearia, tal como fez logo no inicio da lide quando recebeu nos médios o
oponente.
Na lide a duo, Joaquim
e Marcos Bastinhas incendiaram o gélido
Coliseu de Elvas.
Um cravava, o outro aproveitava o ressalto e a coisa foi
subindo de tom.
Um grande violino de Marcos e dois grandes pares de bandarilhas
(um de Joaquim e outro de Marcos) fecharam uma atuação de grandes pormenores.
No capítulo das pegas a noite nem sempre foi fácil para os Académicos de Elvas que pegavam em
solitário os seis toiros.
Foram solistas Tiago Caldeira Fernandes (à terceira),
Roberto Ameixa (à primeira), Gonçalo Machado dobrado após duas tentativas por
Paulo Barradas Maurício (à segunda), David Barradas (à segunda), Joaquim Guerra (à primeira) e Tadeu Lopes
(ao primeiro intento).
Dirigiu com rigor este espetáculo promovido pela Terra Brava de Carlos Pegado o
competente Diretor de Corrida Ricardo
Pereira, assessorado pelo veterinário José
Guerra.
HT