Em Moura a noite foi
de respeito.
A procissão antes
da corrida foi de grande seriedade e ganhou ali o seu espaço.
Um momento único que fica na história e a repetir, assim a
empresa Gestoiro, que está de parabéns,
queira para o ano voltar a realizar a iniciativa.
Artisticamente, os toiros de Ernesto de Castro saíram a pedir contas aos toureiros e aos
forcados que tiveram uma noite dura.
Joaquim Bastinhas
abriu função e andou em bom nível perante um toiro que mudou literalmente de
comportamento a meio da lide, ficando áspero e com arrancadas fortes para a
montada.
No final, o cavaleiro optou por não dar volta, mas se o
fizesse era de inteira justiça.
Tito Semedo
apanhou por diante um oponente que se atravessava uma barbaridade!
Viu-se e desejou-se perante o avolumado toiro. Para mim,
cravou ferros a mais ao perigoso astado, mas Tito queria triunfar.
Valeu a forte intenção
e empenhamento perante tal matéria.
João Moura Caetano
foi o senhor que se seguiu, uma vez que o toiro de Sónia Matias saiu congestionado.
Caetano está imparável!
Com o Aramis e o Temperamento cravou ferros de praça a
praça, a receber, e deixou o povo em delírio com as batidas ao piton contrário.
Triunfou em grande e arrecadou fortes ovações.
Seguiu-se Sónia
Matias que desenvolveu também uma actuação agradável perante um toiro
(sobrero) com idade e a pedir contas. Esteve valente, cravou a ferragem da
ordem e terminou com violinos.
Marcos Bastinhas,
que anda esta temporada numa roda-viva de êxitos, não teve em Moura matéria-prima
para triunfar.
O toiro era parado, não investia e no momento do ferro
parava-se...
A ferragem que deixou foi nos médios, único ponto onde
conseguia “enganar” o astado.
Fechou praça Jacobo
Botero.
Esteve mais uma vez muito bem neste cartel de “gigantes”. Elegendo
terrenos e mudando os mesmos com regularidade, Botero triunfou e deixou cartel.
Mais um toureiro a ter em conta, que terminou a sua passagem
por Moura com ferros de palmo.
Nas pegas a noite foi dura…E com valentes sustos!
João Cabeça à primeira, Gonçalo Caeiro após duas imponentes
tentativas dobrado por Rui Ameixa, João Cabrita à primeira, Cláudio Pereira à
primeira, Xavier Cortegano à segunda e António Sota à quarta tentativa, foram
os solistas pelo Real Grupo de Forcados
Amadores de Moura.
As lides foram acompanhadas por fadinhos bem castiços e dirigiu com acerto Agostinho Borges.
Meia casa forte