A proibição das corridas de toiros em
Portugal é um cenário que o sector descarta, alegando que a medida seria uma
"catástrofe" que arrastaria para o desemprego "milhares de
pessoas" e "aniquilaria" a economia de vários concelhos.
Diogo Costa Monteiro (Prótoiro) disse hoje à Agência Lusa que, além de "uma
machadada na cultura, identidade e liberdade dos portugueses", a proibição
conduziria a um "flagelo económico e ambiental".
De acordo com a "Prótoiro", o
distrito de Viana do Castelo e a Madeira são as únicas zonas em Portugal onde
não existem manifestações tauromáquicas.
Nas últimas três décadas, os números de
espectáculos em praças de toiros aumentaram em "35 por cento",
estimando-se em "três milhões de pessoas", anualmente, em
espectáculos tauromáquicos (corridas de toiros, largadas, vacadas, esperas e
picarias, entre outros).
"As corridas de toiros, inseridas
na tauromaquia geral, são o motor de muitas economias locais, que sofreriam um
rude golpe se fossem proibidas", alertou.
Em Portugal, existem cerca de "70
mil hectares de montado" afectos à criação de toiros bravos e "cerca
de 110 ganadarias", onde, a par com as "30 mil cabeças de gado
bravo", coabitam outras espécies animais.
"Todo este ecossistema
desapareceria, se as corridas fossem proibidas", sustentou.
"Há uma economia que torna a Festa
Brava possível e que se alimenta dela, como é o sector da criação de cavalos
(coudelarias), das confeções dos trajes, empresários, fábricas de rações para
animais, gráficas, restauração e hotelaria, entre outros", sublinhou.
Para Diogo Costa Monteiro, a tauromaquia
é uma "manifestação clara" da cultura e da identidade dos
portugueses.
"Não são concebíveis umas festas da
Moita do Ribatejo, Coruche, Vila Franca, Angra do Heroísmo ou Alcochete sem
manifestações taurinas", observou.
Diogo Costa Monteiro
adiantou ainda que a tauromaquia está "bem viva e recomenda-se",
dando como exemplo a existência em Portugal de "48 grupos de
forcados", que reúnem cerca de "1.500 jovens".
In Lusa (Agência de Notícias de Portugal)