APESAR DOS MEUS
ALERTAS CAÍRAM NA ESPARRELA
Desde que começou a
ser moda, alguns meninos e meninas, armados em piedosas carpideiras, irem para
junto das praças de toiros provocar e insultar os apreciadores de touradas, que
tenho avisado os aficionados de que é preciso algum cuidado. Sei que estas
juvenis e ridículas manifestações passam com a idade. Todavia, na fase de
crescimento, sempre incomodam um tanto e até são capazes de convencer algum
que, ingenuamente, os leve a sério. Não se aperceba de que a verdadeira
pretensão dessa desocupada (digo desocupada porque, à hora em que aparecem com os
protestos os jovens, normalmente, estão a estudar ou a trabalhar) é chamar a atenção.
Isso mesmo
compreendeu a P.S.P. de Lisboa. Para evitar que aqueles a quem chamo os “
contra”, os auto intitulados anti taurinos, se aproximem e, com o falso
pretexto de querer catequisar para a sua causa os taurinos, provoquem ou
insultem, criou um espaço delimitado por um gradeamento onde os instala.
Depois, vigilante, deixa-os vociferar os seus protestos e insultos mas não sair
do espaço que lhes foi concedido. Sei, por experiência própria, a oportunidade
desta medida.
Antes da P.S.P. ter
tomado consciência de que não eram os taurinos que provocavam, insultavam ou
queriam à força obrigar os “contra” a gostarem de touradas, os piedosos anti
touradas andavam à vontade. Fui algumas vezes, atrevida e malcriadamente,
abordado por piedosos e “pacíficos” contra que me questionavam porque gostava
de touradas e censuravam-me por isso.
Como a abordagem era
feita por miúdos com idade de serem meus filhos ou netos, levei sempre o caso
para atitudes próprias da adolescência. Não lhes liguei. Mas houve aficionados,
com todo o direito, devido às provocações de que eram alvo, que reagiram de forma
menos tolerante. Até violenta. Era isso que eles queriam. O objetivo era esse.
Levar os taurinos a perderem a cabeça e depois acusarem-nos de desordeiros,
agressivos, etc. e, de início tiveram êxito.
Ultimamente porém os
taurinos e, como disse já, a P.S.P. , estragou-lhes a tática. A P.S.P.
encurralando-os, os taurinos não ligando às suas ruidosas provocações. Mas
eles, certamente por terem pouco que fazer, não desarmam. Como em Lisboa
nada conseguiam, lembraram-se de Viana do Castelo. Para mais sendo tão
publicitada a tourada que se ia lá efetuar.
Porém, mediatizada a
iniciativa da Prótoiro, as autoridades de Viana, seguiram o exemplo das de
Lisboa. Criaram um espaço à volta da praça, onde os cavaleiros podiam exercitar
os seus cavalos, as pessoas podiam chegar às bilheteiras sem serem
importunadas, os intervenientes no espectáculo circularem livremente. Enfim,
embora fora do “perímetro de segurança” criado pelas autoridades
para os conter, lá estivessem, os planos dos “contra” falharam. Não deram nas vistas.
Já na Torreira a
coisa foi diferente. A autoridade, talvez menos avisada, não os controlou
devidamente e eles tiveram ocasião para atirar pedras aos cavalos e cavaleiros,
provoca-los e insulta-los e conseguir a reação que procuravam.
Um dos cavalos
espantou-se e foi para cima dos “contra” causando o pânico. Oportuna câmara de
televisão que “POR ACASO” estava ali filmou o sucedido e até filmou uma
menina lacrimosamente indignada a fazer queixa dos taurinos. Eles é que eram os
maus. Eles é que tinham provocado.
Tudo planeado com
antecipação. Tudo estudado cuidadosamente e os taurinos, caíram na esparrela.
Ora este arrazoado todo, até mesmo repetitivo, porque essa gente dos
“contra” é manhosa e nós, os taurinos, temos que saber lidar com ela. Lembrem-se
que até a coordenadora do Portal do Governo, confirmou que os resultados de uma
iniciativa que os “contra” tiveram, era fraudulenta. Tinha 3.000 registos
falsos! O que fez essa garotada? (dada a abismal diferença de idade existente entre nós, considero-me com
direito a usar este adjetivo) Pediram desculpa pelo erro? Deram alguma explicação? Não! Atrevida e
capciosamente, para sugestionar crédulos, publicitaram uma informação encorajadora
do seu objetivo. A net é o seu meio de propaganda mais utilizado. Tentam
através dela, dar a ideia de que têm numeroso apoio quando, afinal, perante o
número de taurinos que há, são um número, barulhento e atrevido, sim, mas
insignificante.
Digo atrevido porque, à porta de uma praça de toiros estão 30/40/vá lá/100,
“contras”. A assistir à tourada, estão uns milhares de taurinos. Não será
atrevimento pretensioso, malcriado e exagerado, essa miudagem criticar as
opções desses milhares? A defesa dos animais? Não! Um expediente para se
fazerem notados. Cresçam. Façam-se mulherzinhas e homenzinhos tranquilamente.
Fazendo-se respeitar mas, também respeitando os outros.
Quanto a nós, não responder é o melhor. Se não lhes dermos
"material" para poderem comentar, apagam-se como balão sem gás.
Falta-lhes gás/imaginação para continuar.
Carlos Patrício Álvares (Chaubet)