Após ter triunfado esta tarde em La Garrovilla (Badajoz), Caetano rumou a Alpalhão para espalhar arte e temple
Com o TemperamentoMais um curto com história
E no Zeus fechou a lide com um ferro deste calibre
Maestro António Telles marcou a diferença pela sua purezaTito Semedo conquistou o público
Tiago Carreiras andou "brigão" e passou no teste
António de Almeida desenhou uma lide com dois curtos de grande nota
Miguel Tavares fez as coisas bem feitas e o público reconheceu
João Moura Caetano voltou a dar nas vistas…desta vez
em Alpalhão!
O cavaleiro tem somado triunfos em Espanha, nos
primeiros festejos da temporada, e em Portugal voltou a repetir a proeza após o
triunfo em Monforte, mas agora por terras de Alpalhão (Nisa).
Num grande momento e com uma quadra de cavalos “do
outro mundo”, os empresários devem apostar forte neste toureiro. É certo que há
um mano a mano em Estremoz com Branco, é certo que está certo o confronto com
Ventura em Portalegre a 04 de julho, mas falta “atravessar-se” no caminho do
jovem toureiro um Pablo Hermoso, por exemplo. Competição é urgente!
Mas vamos lá por partes. Tarde quente em Alpalhão,
mais de meia casa, um curro de Lupi com idade entre os três e os cinco anos e a
servir na generalidade, sendo que, sem exagero, trouxeram consigo a dignidade e
relançaram nesse capitulo aquela praça.
Ninguém esteve mal. É certo que uns estiveram
melhores do que outros, mas não houve nenhum desastre. Maestro António Telles
brilhou numa lide bem desenhada, com sortes com princípio meio e fim e deu a
volta, talvez, ao mais brusco da tarde.
Com um toureio maduro e sábio, o da Torrinha marca
sempre a diferença pelos pormenores, pelas sortes frontais e pela pureza de um
toureio bem português.
Tito Semedo conquistou os aplausos com as batidas,
com a brega e com a sua entrega. Esteve em bom plano tendo terminado com um
violino de grande nota cravado por dentro.
Fechou a primeira parte Tiago Carreiras. O de Sousel
imprimiu uma lide com garra, consentido, no entanto, alguns toques no momento
da reunião. A situação foi controlada e subiu de tom perante o toiro algo
reservado, imprimindo os adornos e os ferros em curto, cravados com o “novo
Quirino”. Sem dúvida uma montada que dá nas vistas e que pisa terrenos
apertados.
Abriu a segunda parte António de Almeida que
desenhou uma lide de menos a mais. Deixou em Alpalhão alguns apontamentos e
dois ferros curtos de boa nota. Em ano de alternativa necessita de rodar mais,
pois tem lugar na festa e pode ser um caso interessante no futuro.
Agradável foi também a prestação de Miguel Tavares.
Muito correto e limpo, sem grandes alaridos e sem números, pautou a sua lide pela
preocupação em deixar a ferragem bem colocada, em sortes a quarteio. Agradou!
João Moura Caetano fechou a tarde, vinha de Espanha
de um outro festejo onde cortara uma orelha e, em Alpalhão, meus amigos, foi
aquilo que eu já vos disse. Ferros compridos de praça a praça a atacar o
oponente, outro a receber e a aguentar, curtos de grande nota com o cavalo
Temperamento e recortes de arte com o Zeus. Brilhante o seu temple!
No capítulo da forcadagem a tarde foi calma. Por
Portalegre pegaram com brilho e galhardia António Cary, numa vistosa pega ao
primeiro intento, Ricardo Almeida também à primeira com galhardia, fechando a
tarde para os de Portalegre Alexandre Lopes ao segundo intento.
Pelos de Arronches foram solistas com eficácia e
brilhantismo Ricardo Martins à primeira, Duarte Gato à segunda e Paulo
Florentino numa vistosa pega ao primeiro intento.
Dirigiu com serenidade e acerto Marco Gomes que foi
assessorado pelo veterinário João Pedro Candeias.
O cornetim de serviço, Nuno Narciso, voltou a
arrancar grandes ovações do conclave.