Com a esperança de conseguir cobertura financeira para o projeto de um monumento
ao forcado, dei a conhecer uma iniciativa que, para esse efeito, tinha
imaginado. Foi aproveitada. Teve êxito. Só que a receita não foi a favor do
monumento. Tive agora outra ideia.
Sei que se a acharem rentável, os “caça ideias” não hesitarão em usá-la.
Todavia, no interesse da Tauromaquia, vou expô-la. Desta vez já não penso em
beneficiar o projeto do monumento com
ela.
O caso é este. As touradas são consideradas sanguinárias pelos
que se lhes opõem. É o argumento forte que usam para exigir a sua extinção. Admirando
o toiro de lide, a raça brava como admiro, lembrei-me de um espectáculo
capaz de a preservar, satisfazendo simultaneamente gregos
e troianos. Quer dizer, os que são a favor e os que são contra as touradas.
Chamar-se-á,
TOURADAS SEM SANGUE (TSS).
Os sensíveis e teimosos anti taurinos já não poderão invocar o sangue do
toiro como arma de arremesso. Os taurinos, terão uma forma de estimular a
bravura do toiro sem ter necessidade de o fazer sangrar.
Os Forcados serão utilizados como eu tinha sugerido e tem sido cumprido nas
várias Festas do Forcado a que se tem assistido. Nas
“TSS” juntar-se-ão a eles: “recortadores”, toureio de capote, eventualmente
toureio cómico.
Espectáculo movimentado, diversificado, divertido, SEM SANGUE, onde quem realmente pode sofrer, são os homens e não os
toiros, suscetível de atrair público. Inclusivamente os turistas que nos
visitam. (O título é sugestivo…)
Tira-se assim o argumento do sangue aos anti taurinos. Satisfazem-se as
suas delicadas sensibilidades e preserva-se a bravura do toiro estimulando-a.
Está feita a sugestão. Claro que não
me satisfaz nem a quem seja aficionado. Mas é a forma que arranjei de mandar os
anti taurinos onde calculam que, em pensamento, os mando.
Quanto aos “olheiros taurinos”,
sempre atentos às iniciativas alheias, aproveitando-as quando lhes parece que dão lucro, estejam à
vontade. Compreendo-os. Atravessamos um
período difícil. Não há espaço, para romantismos ou moralidade retrógrada. É
tempo dos espertos.
Carlos Patrício Álvares (Chaubet)