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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Importante: A opinião de Paulo Pereira!




 Paulo Pereira com Rui Bento

O Dr. Paulo Pereira, relações públicas do Campo Pequeno, publicou este pertinente texto na página do Facebook daquela importante praça de toiros. 
O texto está simplesmente excelente e merece atenção. Uma analise que passou ao lado dos jornalistas sobre as opiniões de Rui Bento e de José António Chopera às revistas Aplausos e 6TOROS6.
Publicamos este texto com a devida vénia e a pensar no presente e no futuro da festa.


Terá passado despercebido a uma grande parte dos aficionados o facto de as duas mais importantes revistas taurinas internacionais, as espanholas Aplausos e 6Toros6, terem publicado, nas edições desta semana, entrevistas com os dois taurinos mais influentes de Espanha e Portugal. Na mesma semana, a Aplausos
insere uma entrevista com Rui Bento, o Gestor da Praça de Toiros do Campo Pequeno, a mais importante de Portugal, ao passo que a 6Toros6 entrevistou José António Chopera, o empresário de Madrid (Las Ventas), a mais importante praça de toiros do mundo. Duas páginas de entrevista a cada uma destas figuras do meio empresarial taurino, nas quais a coincidência de opiniões sobre o actual momento da festa são evidentes.
José António Chopera, do alto da sua experiência e veterania, deixa alertas para a dura realidade socioeconómica de uma Espanha com 6200000 desempregados, situação que se reflecte na diminuição das receitas de bilheteira. Alerta para a necessidade de alterações profundas na forma de gerir o sector tauromáquico. “A continuarmos a agir como até agora, com a desunião dos vários grupos profissionais que integram o sector taurino, vejo o futuro muito negro, Hoje, mais do que nunca, necessitamos da união de todos, não podemos continuar ancorados a uma festa obsoleta em tantos aspectos”. São palavras de José António Chopera que alerta também para os recentes fiascos empresariais verificados na gestão das praças de Córdoba, Málaga e San Sebastián, E avisa desde já que, após a Feira de Santo Isidro, que hoje se inicia em Madrid, “será o momento de se sentar à mesa com os toureiros para procurar uma fórmula exequível que satisfaça todas as partes” numa alusão à necessidade de ajustar, “a posteriori”, os “cachets” dos artistas à realidade económica espelhada na venda de bilhetes.
Por seu turno, Rui Bento, um dos mais jovens e mais ponderados taurinos que frequentam as “altas esferas” do “mundillo”, na entrevista à revista Aplausos, mostrou a sua preocupação pelo reflexo da crise económica em Portugal (país intervencionado, com o consequente anúncio quase semanal de novas medidas de
austeridade), avançou com as medidas tomadas pela empresa do Campo Pequeno pa

ra minorar os efeitos da recessão: Menos espectáculos, reformulação em baixa da política de preços e revisão em alta de alguns benefícios, leia-se descontos, para o público. “Os toiros são ócio, cultura e às vezes esquecemo-nos disso. A desunião que existe no sector debilita a nossa capacidade negocial com a Administração Pública, acabando por ter e ser cada empresa a agir por si própria, descoordenadamente”, refere.
Mas já numa outra entrevista concedida em Abril à 6Toros6, Rui Bento, que tem na análise estratégica uma das suas principais qualidades enquanto gestor, avisava: “Gosto de ser optimista, mas estou mais consciente que nunca que o sector tauromáquico, como por toda a Europa os sectores económico, social e cultural, passam por momentos muito complicados. E não podemos perder de vista essa realidade e muito menos os principais agentes taurinos, aqueles que são verdadeiramente responsáveis. Não se podem conformar em olhar apenas para o curto prazo, para os seus interesses particulares. Mais do que nunca, há que ter uma perspectiva de futuro, saber que a realidade de hoje é diferente da de um passado não muito distante. Estamos perante uma nova realidade e temos de nos ajustar às novas exigências. Se não levarmos isto em conta, não serão necessários os anti-taurinos, pois seremos nós mesmos a acabar com a festa”.
Duas gerações diferentes, dois gestores do melhor que o sector tauromáquico tem, alertam para os mesmos problemas numa análise coincidente sem que para tal tivesse havido qualquer concertação prévia. Três entrevistas para ler, reler e reflectir.

Paulo Pereira
09/05/2013

Fotos:D.R.