A alternativa e o brinde a seu pai
Bons momentos de toureio e o carinho do público. João Maria Branco já é cavaleiro de alternativa!
Maestro Joaquim Bastinhas jogou tudo em Lisboa
Pablo recebeu fortes ovações!
Praça cheia no Campo Pequeno, em Lisboa, para assistir à
alternativa de João Maria Branco.
A noite foi de sonho, sendo que os três toureiros que
entraram em praça jogaram tudo para triunfar. Ninguém queria perder o êxito,
nem a feijões!
Joaquim Bastinhas concedeu a alternativa a João Maria
Branco, com o testemunho de Pablo Hermoso de Mendonza e aí, meus amigos,
começou a noite mágica.
De casaca azul, Branco brindou o toiro da alternativa (da
ganadaria Passanha e de nome Jacaré) a seu pai, o seu braço direito, João
Branco, e após receber bem o oponente nos médios, desenvolveu uma lide em
crescendo, cheia de bons ferros curtos, com sortes bem desenhadas. Público
rendido ao novo príncipe das arenas que não acusou o peso da cerimónia.
No seu segundo, o manso da noite, João Maria Branco cravou a
ferragem a sesgo e sacou tudo o que o “coirão” de Passanha tinha para dar.
Não voltou a cara à luta, esteve esforçado, arriscou perante
o astado fechado em tábuas e foi premiado pelo público por isso mesmo.
Joaquim Bastinhas foi a Lisboa jogar tudo. Levou na sua
bagagem as armas que tinha, sendo a sua alegria um dos seus “mísseis”, os
palmitos e os pares de bandarilhas o seu “exército” e a sua Maestria a
vencedora da contenda.
Bastinhas foi, é e será um caso. Ontem, em Lisboa, provou
isso mesmo!
Embora não tenha que provar nada a ninguém, Bastinhas
entregou-se nas suas duas atuações, com empenho qb.
Pablo Hermoso de Mendonza apresentou-se em Lisboa com toda a
sua artilharia, mostrando que vem rodado da campanha desenvolvida no México.
Embora os toiros por lá tenham outro andamento, depressa o
rejoneador navarro ganhou o ritmo do toiro lusitano e bordou o toureiro.
Boa brega, preparações das sortes com qualidade, um toureio
super ligado e a extrair todo o sumo que os toiros de Passanha tinham para
oferecer, marcaram a sua passagem de primeiríssima figura.
As pirueta também vinham na bagagem, bem como os ladeios e
as passagens por dentro junto às tábuas, fatores que contribuíram para que
escutasse fortes ovações, principalmente no seu segundo toiro onde o público até
pediu ao rejoneador uma segunda volta ao ruedo. Esse disse apenas que essa
segunda volta ficava para a próxima vinda a Lisboa…
No campo da forcadagem a noite foi tranquila, tendo os
grupos de Évora e Alcochete brilhado perante os Passanha.
Por Évora pegaram os três toiros à primeira Ricardo Casas
Novas, Manuel Rovisco e o cabo, António Alfacinha.
Por Alcochete foram solistas Fernando Quintela, Ruben
Duarte, ambos à primeira e Pedro Viegas à terceira.
Dirigiu com competência Pedro Reinhardt.
Uma noite de sonho!