Rouxinol (pai) montando o Douro esteve enorme!
A classe de Francisco Núncio
Em dia de aniversário, Vitor Ribeiro passeou a verdade
Rumo a um grande futuro, Tomás Pinto
Tarde discreta para Mateus Prieto
Rouxinol (filho) vai ser figura! Deixou a aficion ao rubro!
A temporada terminou em Évora (e no país) da melhor
maneira. Um imponente curro de Fernandes de Castro, a transmitir emoção e raça,
bem como os triunfos fortes dos “rouxinóis
pai e filho”, foram o suficiente para fechar este domingo com chave de oiro a
temporada.
Perante meia casa, a última corrida promovida pelo
empresário António Manuel Cardoso “Nené”, iniciou com uma homenagem ao
cavaleiro Rui Salvador, que na capital do Alentejo deu também por terminadas as
comemorações dos seus 30 anos de alternativa.
No pátio de quadrilhas foi descerrada uma lápide e
para sempre essa data ficará no “recuerdo”.
Seguiu-se a corrida, com um minuto de silêncio durante
as cortesias em memória dos saudosos
Augusto Gomes Jr e José Maria Manzanares.
Perante os Castros de grande nota, todos os eles
recolhidos a cavalos por valorosos campinos, o ganadero deu volta ao ruedo após
a lide do sétimo. Volta justa e merecida para uma ganadaria que marcou esta
temporada.
No campo dos cavaleiros abriu a função Rui Salvador,
que desenvolveu uma lide em crescendo. Esteve bem o ginete de Tomar.
Seguiu-se o “furacão” Luís Rouxinol que brilhou
montando o Douro, terminando a lide em apoteose com um grande par de
bandarilhas.
Francisco Núncio passeou o classicismo, mostrando um
toureio “à antiga”, bem do agrado de uma aficion cada vez mais em vias de
extinção.
A segunda parte abriu com o aniversariante Vítor
Ribeiro (completava 36 primaveras). Esteve bem, perante um “bruto” que não dava
tréguas. Bons curtos e os aplausos do conclave.
Tomás Pinto voltou a reafirmar em Évora que poderá
vir a ser figura. Deixou curtos como mandam as regras e foi também bastante
aficionado.
Mateus Prieto esteve discreto, apenas destacando-se
nos ferros violinos a terminar a função.
Fechou com chave de oiro o jovem Luís Rouxinol Jr.
Após uma emocionante sorte gaiola, brindou a aficion com mais dois bons
compridos e, depois, uma série de curtos em sortes ajustadas. Pelo meio uma
colhida aparatosa, felizmente sem problemas.
Tirando este incidente, Rouxinol Jr. esteve enorme!
No campo da forcadagem a tarde foi tranquila. Por
Évora foram solistas João Madeira, Rui Gomes, Ricardo Sousa e Gonçalo Rovisco,
todos ao primeiro intento e superiormente ajudados pelo resto do grupo.
Pelos do Aposento da Moita foram forcados de cara
Salvador Pinto Coelho à terceira, José Maria Bettencourt à primeira e também ao
primeiro intento o forcado José Henriques.
Dirigiu João Cantinho este festejo que foi o último
da carreira, com mais de 30 anos como empresário, de António Manuel Cardoso “Nené”.
Vais fazer falta, Nené…