Luís Rouxinol
Ana Batista
Antº. Maria Brito Paes
Tiago Carreiras
João Maria Branco
O festival da Rádio Campanário já tinha sido adiado devido
ao mau tempo uma serie de vezes, mas este Sábado tornou-se uma realidade sob a protecção
divina de Nossa Senhora da Conceição.
A imagem da santa
esteve na praça, no início do espectáculo para abençoar os toureiros, numa
tarde que contou com mais de meia casa.
No que diz respeito à parte artística, Rui Salvador abriu
praça com um toiro de Passanha e oscilou entre bons e maus momentos, embora o
carimbo da casa tenha ficado registado com um grande ferro curto.
Luís Rouxinol teve
por diante um manso de Cunhal Particípio e fez das tripas coração para tirar
partido do mesmo. Terminou a sua lide esforçada com um bom par de bandarilhas.
Ana Batista andou regular durante a lide de um colaborante
toiro de Murteira Grave.
Sem grandes alaridos deixou a ferragem, tendo terminado a
função com uma colhida, felizmente sem gravidade, apenas o aparato.
A segunda parte iniciou com António Maria Brito Paes que
teve por diante o mais manso do festejo, um astado de José Luís Pereda, com
presença, mas com vocação para carpinteiro, uma vez que só pedia tábuas.
A ferragem, a maioria, foi cravada junto a tábuas, pois o
oponente assim o exigia.
Seguiu-se Tiago Carreiras com um toiro-toiro de Sommer d´Andrade.
A lide veio de menos a mais, tendo o cavaleiro da Casa Branca transmitido o seu
labor ao público que ovacionou forte alguns ferros emotivos do ginete. Triunfou,
perante um colaborante oponente!
A função terminou com a actuação de João Maria Branco, que a
poucos dias de tomar a alternativa em Lisboa, recebeu de forma irrepreensível
com uma montada com o ferro de Pablo Hermoso. Bem nos compridos e com recortes,
voltou depois a dar nas vistas com um grande ferro curto no Da Vinci, com ferro
da Coudelaria Lima Duarte.
Perante um exemplar de Passanha, a lide depois foi de
desenvolvida com altos e baixos devido às distâncias mal calculadas no decorrer
das preparações das sortes.
No final, entendeu o toureiro, não dar a volta ao ruedo.
No capítulo das pegas a tarde foi mais fácil e tranquila
para os Amadores de Évora, cabendo aos do Redondo as maiores dificuldades.
Por Évora foram solistas: Sérgio Godinho, Gonçalo Rovisco e
Dinis Caeiro, todos ao primeiro intento.
Pelo Redondo: Hugo Figueira, à primeira, Ricardo Prior foi
dobrado por Rui Grilo, que consumou ao terceiro intento e Mário Pinto à segunda
tentativa.
Dirigiu com acerto Agostinho Borges.