A Beja Brava é uma realidade que vai decorrer de 4 a 6 de Outubro em Beja no
Parque da Feira. Tal como em edição anterior prevê-se que inúmeros aficionados
ou simples simpatizantes se desloquem àquele espaço único, onde além de um
encontro de gentes é um convívio entre os agentes diretos da tauromaquia e o
seu público. Promovida pela Câmara Municipal de Beja, a Beja Brava enquadra-se
no evento Experiências a Sul – vinipax|olivipax|bejagourmet|bejabrava|bejakids. O Diário Taurino foi falar com Lúcia Matos, da equipa responsável pela
organização do evento.
Apostar em 2013 na Beja Brava, é sinónimo que a edição anterior teve
sucesso?
Sem dúvida.
Ainda que numa fase de consolidação, a Beja Brava é um projeto com forte
potencial de desenvolvimento a médio prazo.
Estes acontecimentos culturais são uma mais-valia para a cidade de Beja?
Claro que
sim. Todo e qualquer acontecimento que sirva o propósito de promover, divulgar
e projetar a cultura de uma região é uma mais-valia. O evento Experiências a
Sul – no qual se inclui a Beja Brava é um exemplo dessa mesma filosofia. No
caso em apreço, recuperar memórias antigas, artes e saberes ligados ao campo
bravo e sua envolvente, impulsionar uma nova ruralidade é o que se propõe.
E esta, tem capacidade de resposta a nível do alojamento e gastronomia?
Sim, ao
longo dos últimos anos tem vindo a verificar-se um crescimento da oferta nestes
sectores. Neste momento a cidade e o concelho tem boa capacidade de resposta
para este e outros eventos. Quem visita a Beja Brava, pode pernoitar num dos
vários hotéis da cidade, pensões, residenciais ou simplesmente optar por
usufruir da excelente oferta que os enoturismos e turismos em espaço rural da
região oferecem.
Em que moldes vai funcionar a presente edição?
A edição de
2013 procura assentar numa filosofia de aportação de valores diferenciadores
relativamente à primeira. No que se refere à programação apostamos em novos
conteúdos, conceitos, procuramos conferir maior qualidade ao nível dos
equipamentos e originalidade ao programa. Estabelecemos desde logo importantes
pontes para o futuro com parceiros de excelência como o ICAS – Instituto de la Cultural y las Artes de
Sevilha e a FIBESEVILHA – palácio de exposições e congressos. Também a Câmara
Municipal de Coruche em representação dos municípios com atividade taurina, o
Museu Taurino de Coruche, a Associação de Criadores de Cavalos Puro Sangue
Lusitano, Associação Portuguesa de Atrelagem, a Academia de Toureio do Campo
Pequeno, o Clube Taurino do Agrupamento de Escolas de Alter, Escola de Toureio
da Moita, Escola de Toureio de Altere a Associação de Criadores de Carne de
Bovino Mertolengo entre outros se associam à edição deste ano.
Quais os principais aliciantes para a Beja Brava 2013?
Acreditamos
que na globalidade a programação da Beja Brava é deveras aliciante. Evidenciar
uma ou outra atividade não seria justo, pois todos os intervenientes estão
fortemente empenhados no sucesso do evento. Aficionados ou simplesmente
visitantes poderão durante os três dias visitar exposições temáticas, ver
filmes, ouvir histórias, assistir a palestras, conversar com figuras ligadas ao
campo bravo, assistir a demonstrações de toureio a pé e a cavalo, treinos de
forcados, participar em aulas práticas de toureio a pé, ver espetáculos
equestres, bailar sevilhanas, participar em touradas alentejanas, visitar o
campo bravo, participar em provas de degustação, sessões de show cooking, ver
provas de exibição e atrelagem, provas morfo funcionais de cavalos de toureio
ou simplesmente passear pelo recinto e visitar os outros eventos.
Perante um programa vasto, há uma aposta nas iniciativas para a juventude…
Sim, claro.
Afinal são os jovens e os mais pequeninos que vão garantir a continuidade desta
memória coletiva que emerge do campo bravo. Todo o programa está concebido a
pensar na componente formativa, informativa e intercativa. Exemplo disso é a
atividade pratica que vai realizar-se com o Clube Taurino do Agrupamento de
Escolas de Alter e o matador de touros Sérgio Santos “Parrita”. Durante duas
manhãs os jovens poderão assistir a aulas sobre a história da tauromaquia e
aprender a manejar os trastes de toureio a pé. De referir também as visitas
guiadas à exposição Simbiose Taurina – três séculos de história, as conversas
temáticas do Pasto ao Prato ou simplesmente as sessões de show cooking para
crianças onde o ingrediente principal é a carne de bovino do Alentejo de raça
Mertolenga.
Esta edição estará enquadrada em outras iniciativas como a Vinipax,
BejaGourmet, etc, para quando uma exclusiva Beja Brava?
Julgamos que
afirmar a Beja Brava como um evento de qualidade integrado no conceito
Experiências a Sul é para já a melhor opção. Acreditamos sim que a Beja Brava
venha a captar sinergias de outros sectores afins, nomeadamente a caça, a
pesca, turismo aventura, etc.
Sendo Beja e seu concelho local de gentes da Festa, a organização sentiu o
apoio necessário?
Sim e não.
Sim, quando falamos da total disponibilidade dos ganadeiros da região, do grupo
de forcados Amadores de Beja e de alguns particulares ligados ao campo bravo e
ao mundo dos touros que desde a primeira hora acreditaram no projeto e sempre
estiveram ao nosso lado. Sim, quando falamos dos Bombeiros Voluntários de Beja
e da CerciBeja. Sem eles não teria sido possível.
Não, quando
solicitamos apoio na modalidade de patrocínio às entidades publicas e privadas.
Que mensagem deixa aos leitores para virem até Beja de 4 a 6 de Outubro?
Que nos
visitem naquele que é seguramente o melhor dos Eventos a Sul. Simplesmente
porque é DE BEJA, com MUITO AMOR E SALERO, CLARO!
Fotos:D.R.