João Romão Tavares e Filipe Gonçalves, vencedores dos troféus
Luís Rouxinol rubricou duas boas actuações!Filipe Gonçalves brilhou no segundo do seu lote
Marcos Bastinhas está um toureiro maduro e que encanta o conclave. Em Alter esteve em grande!
-Enquanto uns andam entretidos a vetar este e aquele, a festa
de toiros começa a cair numa onda perigosa, de miséria e de grande preocupação.
Enquanto os senhores que deveriam mandar/coordenar a festa
andam entretidos em guerras de treta, hoje, em Alter do Chão, vimos uma casa
pouco mais de meia.
De recordar que esta corrida, a 25 de Abril, estava sempre
cheia até à última fila, mas este ano assim não sucedeu…
Sinais dos tempos, das carteiras e da falta de ânimo dos
portugueses. Como é que a festa vai sobreviver a isto?
Uma coisa é certa, com tudo e mais alguma coisa, menos com
vetos e guerras das tais.
Mas vamos à corrida.
A primeira parte foi morna, o jogo apresentado pelos toiros
de São Marcos, a maioria com 5 anos, não permitiu o êxito aos toureiros,
cumprindo a função Luís Rouxinol, Filipe Gonçalves e Marcos Tenório “Bastinhas
Jr”.
A segunda parte foi um pouco diferente.
Luís Rouxinol andou bastante ligado ao oponente, cravou
bandarilhas de belo efeito ao astado que transmitia no momento do ferro,
rematando a sua atuação com bons pormenores de brega.
Filipe Gonçalves teve por diante o mais colaborante da
corrida, merecendo (?) no final volta a arena para o ganadero.
A lide foi marcada pela brega corrida em redor das tábuas e
um bom par de bandarilhas, sem antes rubricar bonitos e vistosos cites.
Marcos Tenório também esteve bem no seu segundo toiro.
Bregou também com eficácia, cravou bandarilhas de belo efeito, agarrando o
público com um toureio alegre.
Culminou a atuação com um grande quite ao toiro quando já
agradecia, apeado, os aplausos do público. Olé!
Mas a tarde também ficou marcada pelo excelente jogo de um
toiro de Falé Filipe para o matador de toiros Sérgio dos Santos “Parrita”.
O diestro esteve muito bem de capote, principalmente por
verónicas, veio de menos a mais nas bandarilhas e sacou uma boa série de
derechazos ao astado.
Dois ou três pormenores por naturais e uma forte ovação a
culminar o seu labor. Parrita esteve bem, mostrou mais uma vez que merece mais oportunidades.
No capítulo das pegas a tarde foi tranquila para os Amadores
de Montemor, mais conturbada para os de Alter do Chão.
Por Montemor foram solistas Tiago Telles de Carvalho, João
da Câmara e João Romão Tavares, todos à primeira tentativa.
Por Alter do Chão: Elias Santos à quarta tentativa, Jorge
Nagy à primeira, após dobrar João Pedro Adegas, que executou duas tentativas e
Diogo Bilé ao primeiro intento.
No final o júri atribuiu o troféu Luís Saramago para a
melhor pega a João Romão Tavares do grupo de Montemor e de melhor lide,
denominado por D. José de Athayde, para o cavaleiro Filipe Gonçalves.
O júri para a melhor lide era composto por D. José de
Athayde, Pedro Pinto e Marco Gomes, tendo o mesmo jurado votado em cada um dos
toureiros…
Como não houve consenso no final, decidiu o mais velho e,
por sua vez titular do galardão, que o troféu fosse entregue a Filipe
Gonçalves.
De destacar, ao intervalo, que a empresa JC Toiros de Jorge
de Carvalho descerrou uma placa no pátio de quadrilhas para assinalar o gesto
de Parrita, em 2012, que se encerrou naquela arena com seis toiros.
Dirigiu com acerto e competência Ricardo Pereira.