Não tenho dúvidas. Nós não precisamos dos anti-taurinos para
destruir a festa, os seus próprios agentes dão conta desse mesmo recado.
Os vários setores da festa estão para o associativismo como
a China está para uma democracia sã, ou como a maior devassa do planeta está
para o puritanismo.
Associativismo não é compatível com vetos, com “furtos” de
praças, com tomadas de posição extremistas, com posturas radicais que visam a
exclusão.
O associativo tem outra definição, outro objetivo simples e
que passa pela cooperação, pela defesa e engrandecimento daquilo que
representa.
Tenham vergonha!
Os diretores de corrida andam em guerra e esgrimem
argumentos numa chuva de comunicados, os forcados só pensam em vetos como se
fossem os maiores do planeta, os soberanos deste reino que é de todos e os empresários,
por sua vez, reúnem uma data de vezes por ano, fazem pactos da treta e depois
andam a sacar praças aos colegas como se trata-se de um jogo de berlinde...
Isto é o quê, digam lá?
Tenham vergonha!
Se a coisa continuam assim, muitos toureiros têm que ficar
em casa porque toureiam de borla e os ganaderos têm que ser vetados porque os
toiros são vendidos ao preço da chuva, ou seja, quase têm que pagar para serem
toureados.
Esta guerra interna em nada contribuiu para o engrandecimento
da tauromaquia lusitana, este mau estar interno chega ao aficionado, chega
junto daqueles que metem a cabeça num buraco e compram um bilhete para assistir
ao espetáculo.
Não sei se sabem, mas hoje em dia existe internet e estas coisas
da internet levam a festa a todo o lado, as pessoas nunca estiveram tão por
dentro da tauromaquia, tão informadas como agora e o que é que observam?
Guerras!
Tenham vergonha, repensem as vossas estratégias e posições,
o vosso conceito de associativismo e sejam profissionais deste setor, deixando de
parte esse tique que apanharam de guerrilheiros de um país terceiro mundista.
Deixem-se de brincadeiras, pois o mundo não está para
criancices…
HT
Foto:D.R.