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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Montemor: Não foi praça cheia, mas contou com arte às carradas (C/Fotos)

Rui Fernandes


 João Telles Jr

José Maria Cortes, cabo dos forcados de Montemor, foi o grande vencedor da Barra d´Ouro, na corrida realizada este Domingo naquela cidade alentejana.
Perante meia casa, lidou-se um curro de Veiga Teixeira algo indefinido de investida, mas de excelente apresentação.
Rui Fernandes, Gilberto Filipe e João Telles Jr (substituiu João Salgueiro que está lesionado), foram os cavaleiros de serviço e as pegas estiveram a cargo dos “eternos rivais” de Santarém e Montemor, estes últimos, na reta final e como já sublinhámos, a levar a melhor.
Assistimos assim nesta tarde em Montemor a bons momentos de toureio por parte dos três intervenientes.
Rui Fernandes com um toureio templado, a bregar e a cravar ferros com batida ao píton contrário, sempre em terrenos em curto, deu o mote para uma corrida de exigência.
 O Vivaldi esteve na arena e foi também um dos obreiros do êxito deste toureiro que está num plano superior.
Gilberto Filipe precisa de mais oportunidades. Está mais toureiro, maduro e com interesse.
Acertado nos compridos, deixou também bons ferros curtos, destacando-se também um palmito vistoso no seu primeiro.
Primando pela mudança de terrenos e mexendo nos oponentes, revelou-se mais uma vez uma surpresa agradável.
João Telles Jr consegue ser um toureiro diferente ao misturar o classicismo com um toureio popular e de raça. Essa mistura funciona e graças a esse misto foi seu o ferro da tarde, ou seja, no decorrer da lide do segundo do seu lote.
Um ferro cravado em terrenos muito em curto e com o toiro a atacar, o público literalmente “passou-se” com aquele hino e aplaudiu de pé como se não houvesse amanhã.
Quanto à sua restante prestação esteve correto a receber e também deixou bons ferros com a célebre batida ao píton contrário. Uma aposta ganha na substituição de João Salgueiro.
No campo dos forcados foram solistas por Santarém o forcado João Torres, que pegou à primeira tendo sido, depois, acompanhado na volta por esse “Monstro” das primeiras ajudas que dá pelo nome de Nelson Ramalho, João Brito também consumou à primeira e Jorge Imaginário ao segundo intento.
Por Montemor foram solistas João Tavares, à primeira, Francisco Borges à segunda e José Maria Cortes ao primeiro intento.
Dirigiu com acerto e competência Ricardo Pereira.