João Salgueiro lutou perante um oponente exigente graças a vários condicionalismos
Rui Fernandes esteve assim: Toureiro!
Vítor Ribeiro foi um lutador
Plástica e arte igual a João Moura Caetano
Ano de consagração: João Telles Jr!
João Maria Branco afirmou-se na sua terra!
Após vários anos encerrada
e abandonada, a praça de toiros de Estremoz
foi reinaugurada e mostrou a todos
que está linda e pronta para continuar a receber grandes festejos no sentido de
honrar o seu historial.
O cartel de reinauguração reunia sete cavaleiros, dois
grupos de forcados e um curro de Pinto
Barreiros que só não ofereceu melhor jogo aos artistas por causa do piso que estava bastante pesado,
levando os toiros na sua grande maioria a atravessarem-se.
Uma situação a rever
com urgência!
Antes do festejo começar, decorreu uma procissão na arena, com a imagem de Nossa Senhora de Fátima a abençoar o novo espaço.
Depois, veio a corrida para ¾ de casa.
Infelizmente no dia da reinauguração o taurodromo não esgotou…Uns dizem que os bilhetes
estavam “pingados”, outros afirmam
que é preciso “recuperar” a aficion
local, pois a mesma esteve “afastada”
das lides demasiado tempo na sequência do encerramento da praça.
Mas no que diz respeito ao espectáculo, a noite sorriu a
todos os toureiros que deixaram bem vincado o seu valor.
Abriu a função António
Telles com três grandes compridos, sempre desenhados de frente e com o
classicismo habitual.
Uma lide limpa, com recortes, perante um astado que cumpriu.
João Salgueiro
lidou um “mal visto” que pedia diálogo e ligação. Esteve bem a ladear e
registamos dois curtos ao astado que se atravessava. No final não deu volta,
apesar de considerarmos a decisão exagerada.
Rui Fernandes
desenvolveu uma lide de menos a mais, dando a volta ao toiro que se adiantava, com
bons pormenores de brega, ferros curtos em reuniões ajustadas e por vezes
recorrendo a piruetas para rematar as sortes. Uma passagem em grande por terras
Estremoz!
Vítor Ribeiro
teve que lidar um toiro que se atravessava, tal como o que coube em sorte a Rui
Fernandes.
Ribeiro teve que lutar contra esse factor, deixou alguns bons
curtos, com o toiro a beijar a casaca, mas foi na brega que lhe vimos os
maiores pormenores.
Seguiu-se João Moura
Caetano, com um primeiro comprido de antologia, a citar de largo, tendo
vindo a menos no segundo.
Depois, nos curtos, com o Temperamento foi a arte no seu
estado puro, destacando-se na brega e em dois curtos. Uma passagem bastante
aplaudida.
Mas o toiro da noite estava reservado para João Telles Jr e o cavaleiro da
Torrinha soube aproveitar.
Uma grande actuação, onde o cavaleiro atacou o oponente de
praça a praça e com o astado a corresponder às sortes, Na arena de Estremoz
ficaram grandes ferros.
Actuação muito aplaudida.
Fechou a noite o cavaleiro da terra, João Maria Branco.
O toureiro não queria perder este confronto nem a feijões e
recebeu o toiro à porta gaiola, tendo-se dobrado bem com o oponente nos médios.
Sempre ligado, deixou bons compridos, dois curtos de belo
efeito e um a sesgo cheio de raça, num toiro que “rachou ao segundo curto.
Também na brega esteve em destaque, tendo recebido o carinho
e as palmas do povo da sua terra. Afinal, santos da casa fazem milagres!
O cartel Caetano, Telles Jr. e Branco não resultou como era
esperado no Campo Pequeno, graças aos toiros, mas em Estremoz ficou provado que
este trio tinha tudo e tem tudo para dar uma grande noite a toda a aficion.
No campo da forcadagem a noite foi bastante tranquila e de êxito para os homens de Montemor e
Monforte.
Sete pegas ao primeiro intento demonstram bem que os
forcados estiveram em bom nível!
Por Montemor foram solistas Manuel da Câmara, João Ramalho, Francisco Barreto e António Calça e
Pina.
Pelo grupo de Monforte foram caras Nuno Toureiro, Dinis Pacheco e Fábio Derreado.
Ao intervalo foi descerrada uma placa no pátio de quadrilhas
de homenagem a José Maria Cortes, tendo sido o ato presidido por seu pai, João Cortes
Momentos antes, no centro arena, a autarquia e a empresa
Campo e Praça distribuíram lembranças aos artistas.
Dirigiu com acerto Agostinho
Borges.