Uma tarde de êxito para o matador de Riachos
Um grande momento do Mestre António Ribeiro Telles
Duarte Pinto está imparável. Depois do triunfo da Póvoa de Varzim, voltou a dar nas vistas em Riachos
Forcados de Riachos estiveram em bom plano
Rogério Joia foi o director de corrida
Muito público na desmontável de Riachos
E se a corrida não
fosse em Riachos?
Ah! Pois é, se o magnifico espetáculo
tauromáquico que aconteceu em Riachos fosse numa outra
praça fixa teria eco maior junto dos aficionados.
praça fixa teria eco maior junto dos aficionados.
Não que com isto queira
menosprezar uma gente tão simpática e agradabilíssima, mas o que se passou lá
foi um tributo a arte de tourear.
O mote era a apresentação do novo
matador de touros português, Paco Velasquez, mas rapidamente todo o evento
transcendeu para uma corrida de verdade com emoção, entrega e triunfalismo.
Aliás, será difícil falar de triunfador, já que o espetáculo resultou na
globalidade. A um António Telles serio, com uma lide no primeiro de desafio,
face as fracas condições do antagonista, para no segundo, também pouco
voluntariosa chegar ao publico com verdade, onde nas farpas esteve enorme e nos
três sesgos mostrar um toureio “ antigo” que faz falta pela entrega que mostra
do calção.
Ao jovem Duarte Pinto, empolgado
com uma atuação em grande na Povoa do Varzim, foi visto um profissionalismo
enorme. Se o Veiga foi colaborante na sua primeira atuação, onde o cavaleiro
chegou com facilidade ao público, toureando com paixão. Já o de Paulina da
Cunha e Silva, Herdeiros, obrigou o toureiro a puxar dos seus argumentos par o levar de
vencido e convencer o conclave que temos cavaleiro com cheiro a triunfo no
final de temporada.
Este é o ano dos clássicos, aliás os clássicos
nunca passam de moda.
Bem os forcados dos Riachos, com
quatro pegas ao primeiro intento por Luís Azevedo, João Branco, Carlos branco e
Nuno Matos.
Quanto a arte de montes, mais
complicado o primeiro hastado, onde nem a voltareta inicial esmoreceu o
matador, onde mostrou recursos suficientes para vencer o de Caetano, e no
segundo com matéria-prima mais potável, Paco demonstrou que tem talento, arte,
sentimento e goza de uma plástica impressionante, com muletazos largos e de
expressão. Com o percal esteve seguro e com ambição.
Temos toureiro, e se vir o nome
de Paco Velasquez anunciado, não exi-te vá vê-lo que não fica defraudado.
Dirigiu com sapiência o Dr. Rogério
Joia, sendo médico veterinário o Dr. Miguel Matias.
Texto Marco Gomes
Fotos: Raul Caldeira e Marco Gomes