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domingo, 28 de setembro de 2014

Elvas: Areia a mais no triunfo de Pinto frente a um bom toiro (C/Fotos)

Rui Salvador foi homenageado
 Tito Semedo foi bastante aplaudido
 Ana Batista teve que lutar para levar a água ao seu moinho
 João Augusto Moura esteve em bom plano
Pedro Salvador perante a "estátua" que teve por diante
A lide mais aplaudida da noite e a mais notória. Bom toureio de Duarte Pinto perante um grande toiro
Rui Guerra mostrou evolução. Está no bom caminho.


É um problema que afeta há muito tempo os espetáculos no Coliseu de Elvas e que tem que ser resolvido quanto antes: o piso é impróprio para consumo!
O excesso de areia condiciona o labor dos toureiros e montadas, a prestação dos toiros e o trabalho dos bandarilheiros e forcados. Aquilo não é nada…ou melhor, é um batatal!
No sábado isso ficou mais uma vez provado e quando os toiros também não têm muita força mais
esta condicionante vem ao de cima.
Do espetáculo que registou uma entrada de público a rondar a meia casa pouco há dois ou três pontos a destacar.
Rui Salvador, que foi homenageado ao intervalo pela passagem dos seus 30 anos de alternativa, abriu praça e teve que lutar contra a mansidão do primeiro dos sete toiros enviados pela divisa de Torre de Onofre, de João Augusto Moura. Esteve valente como sempre e lá foi cravando a ferragem com a raça que o caracteriza.
Tito Semedo recebeu à porta gaiola, consentiu alguns toques na montada ao longo da lide, mas deixou dois bons curtos, rematando a passagem aplaudida pelo público com um ferro violino por dentro.
Ana Batista mudou constantemente terrenos ao toiro que se adiantava um pouco e nem sempre as sortes resultaram na perfeição. Deixou a sua entrega e classe frente ao manso que lhe calhou em sorte.
Após uma longa espera para a colocação de burladeros, a segunda parte abriu com o novilheiro e ganadero João Augusto Moura. O novilho da sua divisa tinha qualidade deixando João Augusto rubricar alguns pormenores no capote e, depois, na muleta. Destacamos uma boa serie de derechazos e outra por naturais. Bandarilhou com eficiência Fera e Barquinha.
No entanto, temos que dizer que o toiro, com pouca força, humilhava, mas perante o “pantanal” em que está transformado aquele ruedo (entenda-se excesso de areia), a coisa ficava mais complicada porque o astado afocinhava e desta forma perdia-se o brilho das investidas e às series desenhadas por Augusto Moura.
De regresso aos cavaleiros seguiu-se Pedro Salvador. O toureiro pouco ou nada conseguiu fazer perante a “estátua” que lhe coube em sorte. O oponente simplesmente não investia.
Duarte Pinto teve sorte diferente e toureou o mais bravo da noite chuvosa. O toiro com um galope alegre e a arrancar-se de largo e dos vários terrenos onde era colocado, proporcionou uma excelente atuação a Pinto que foi bastante ovacionado.
Após volta triunfal para Pinto, acompanhado pelo ganadero, João Augusto Moura e pelo forcado, fechou a noite Rui Guerra.
O jovem esteve bem nos curtos, mais desligado nos compridos. Mostrou no entanto que está mais maduro, com um toureio mais assente. Gostámos de dois ferros e da sua progressão.
No capítulo das pegas a noite foi tranquila. Cinco pegas à primeira e uma à segunda marcaram o concurso de pegas.
Por Cascais foram solistas Ventura Doroteia e Carlos Dias, por Monforte Nuno Toureiro e Pedro Carrilho e pelos Académicos de Elvas pegaram António Machado (à segunda) e Luís Machado que venceu o troféu em disputa.
Dirigiu com acerto este festejo no coliseu que está classificado como sendo uma praça de terceira (pasme-se!!!) o competente Dr. Rogério Joia.