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domingo, 15 de abril de 2012

Os Palhas do Campo Pequeno- A Opinião de Chaubet


Num blogue essencialmente votado para o Forcado, talvez pareça estranho o título deste apontamento. No entanto, na minha opinião, o toiro é preponderante na atuação do Forcado. O comportamento deste está condicionado às características que ele apresentar . Dia 14 de abril, na praça do Campo Pequeno, tive ocasião de constatar tal facto.

Lembrar o prestigio da ganadaria Palha é desnecessário, tão grande e merecido ele é. Todavia são toiros sérios, tardos mas bastante contundentes no arranque, dificilmente se adaptando ao toureio atual. Em Espanha nem todos se dispõem a toureá-los. O seu desempenho na arena lisboeta, veio confirmar esta  opinião.

Embora não havendo homogeneidade na córnea estavam bem apresentados, rondando os 570 quilos. Entravam com ímpeto na arena mas, após algumas agressivas investidas, tornavam-se pouco colaborantes. João Moura, o nosso mais credenciado cavaleiro tauromáquico e Rui Fernandes também nome prestigiado no nosso meio taurino, não conseguiram alcançar o habitual sucesso. Já Luis Rouxinol, com estilo mais combativo, conseguiu grande êxito.

 Pelo Grupo escalabitano foram solistas João Brito à segunda, com boa ajuda de Nelson Ramalho. João Torres Vaz Freire também à segunda. E para mim, na mais rija, João Gois. Foi pois uma boa prestação do G.F.A.S. que correspondeu com brilhantismo às exigências impostas pelos Palhas.

O Grupo de Forcados de Lisboa não foi  feliz, deixando quase os seus créditos irem por água abaixo. Isto apesar da boa pega do seu Cabo Pedro Maria Gomes, bem ajudado por João Mota Ferreira. A Bernardo Patinhas, pegador experiente e reputado Forcado, calhou-lhe o pior toiro da corrida. Não deu lide a João Moura, reservado e agressivo, foi parado à terceira por B.P. que, valentemente, nunca desistiu apesar dos violentos derrotes. João Vasco Lucas resolveu o problema do último que, após duas tentativas falhadas de Pedro Gil, o mandara para a enfermaria. Nesta "pega" valeu a pronta voluntariedade de João Vasco. A sua atitude `A FORCADO. 

Não foi uma noite igual a tantas outras que tenho presenciado nesta praça. Houve valor acima da média. Luta e garra. Não foram valentes porque a farda os obriga a tal. Foram-no por serem. Se o Grupo de Santarém merece parabéns pelo seu comportamento, decisão e, principalmente, boas ajudas, o Grupo de Lisboa igualmente é crédor de um aceno de simpatia, por nunca ter voltado a cara.

À Velho do Restelo: meia dúzia de corridas com curros destes, à antiga, e eliminavam-se 60/70%  (ou mais) dos grupos de forcados existentes. Não acabavam os forcados porque, felizmente, como repito sempre, a valentia não é monopólio de nenhuma geração mas, tenho a certaza que deixava de ser moda ser forcado.

Carlos Patrício Álvares (Chaubet)