“AMIGOS” DOS ANIMAIS RECUSAM 500KG DE RAÇÃO
DOADA PELA PRÓTOIRO
Enquanto em Lisboa se gastavam milhares de
euros a marchar e a gritar pelos “Direitos dos Animais”, a União Zooófila
recusava uma doação de 500kg de ração por ser proveniente de aficionados.
Já se
sabia que a causa Animal em Portugal era um negócio mas, hoje, Sábado dia 14 de
Abril de 2012, essa realidade ficou ainda mais patente.
Com
efeito, a PRÓTOIRO quis demonstrar que a defesa dos animais se deve é fazer no
dia-a-dia, gastando os recursos naquilo que é realmente importante: os animais.
Para isso, deslocou-se à União Zoófila para doar 500kg de ração. Esta
instituição foi escolhida por ter feito um apelo massivo às contribuições,
alegando que os milhares de animais que estão a seu cargo corriam o risco de
ficarem sem alimento. Eis o relato do sucedido:
Por
começar às 17 horas a Marcha pelos Animais, no site da União Zoófila dizia-se
que não se aceitariam donativos após essa hora… Os voluntários da União Zoófila
tinham de ir à Marcha. Ora, uma vez que a PRÓTOIRO não conseguiria descarregar
os 500kg de ração na União antes das 17h, e uma vez que esta Instituição não
tem contacto telefónico, pediu a um amigo para aí se deslocar e avisar que
alguém queria efectuar um donativo de ração, mas que só podia depois das 17h e
se, portanto, seria possível atrasar o fecho das instalações por meia hora.
Evidentemente que, nesta ocasião, não foi dito que a doação provinha da
PRÓTOIRO.
Ainda
assim, foi respondido que não poderia ser. Que tinham de ir para a Marcha… Aí o
nosso amigo insistiu tendo perguntado se era mais importante receber 500kg de
ração ou chegar meia hora atrasado à Marcha… Convencidos, alguns dos
voluntários aguardaram.
Quando
a PRÓTOIRO, representada por dois membros, chegou às instalações da União
Zoófila e se identificou, os responsáveis da União desde logo disseram que não
aceitariam a ração. Não aceitariam porque, primeiro, não gostavam de touradas e
porque, segundo, esta era uma manobra de propaganda. Acrescentaram que se a
doação proviesse de fonte anónima, a teriam aceite.
Os
representantes da PRÓTOIRO ficaram perplexos. Na verdade, não estavam em causa
5kg, mas sim 500kg (meia tonelada!), que dariam para alimentar os animais
acolhidos pela União Zoófila por 15 dias!! Ainda tentaram explicar às
representantes da União Zoófila que o facto de aceitarem a ração não era
sinónimo de serem a favor das touradas. Tentaram explicar que não é só a ração
vinda de pessoas anti-touradas que mata a fome dos animais. Tentaram explicar
que o importante eram os animais e que, para esses, era indiferente se a comida
era dada por taurinos, anti-taurinos, carnívoros ou vegetarianos… Mas as
responsáveis da União Zoófila foram irredutíveis.
Que
lição devemos retirar deste dia?
Na
verdade, é cada vez mais evidente que a causa animal em Portugal é um negócio,
alimentado por pessoas bem intencionadas mas que não sabem que estão a ser
enganadas.
Na
verdade, para estas grandes instituições de defesa dos animais, os animais não
interessam nada. Interessa muito mais a ideologia daqueles que as dirigem e que
delas vivem.
Na
verdade, é muito mais importante gastar milhares de euros em cartazes, em
publicidade, em autocarros ou em velinhas do que em ração para animais. Porque
isso é que permite aos dirigentes dessas instituições aparecem na televisão,
quais pop-stars, e trabalharem o culto da sua própria personalidade, que tanto
apreciam.
Ao
final do dia, nada mudou para os animais. Mas esses dirigentes apareceram na TV
e as instituições que dirigem apareceram na TV e, como apareceram na TV, pode
ser que mais uns donativos entrem na conta.
E,
quanto à PRÓTOIRO, felizmente encontrou verdadeiros amigos dos animais.
Dirigiu-se a uma associação, pequena, que não só não tinha fechado por causa da
Marcha, como ainda estava aberta às 21h de um Sábado e com 5 voluntários ainda
a prestar cuidados aos animais. Obviamente que a PRÓTOIRO se identificou, mas a
responsável pela associação, com grande simpatia e frontalidade disse que,
apesar de ser totalmente contra as touradas, a sua sensibilidade não ia impedir
os animais de comer.
Em
conclusão: as associações de defesa dos animais que aparecem na TV são um
negócio que alimenta os seus dirigentes. Os verdadeiros amigos dos animais,
entre os quais se contam os milhões de aficionados, preferem ajudar no
dia-a-dia do que trabalhar para os holofotes e para encher a carteira à custa
da boa vontade de muitos.
E são
esses muitos que devem pensar que, se realmente querem ajudar os animais, se
calhar é hora de ponderar a instituição através da qual o vão fazer. Porque a
mesma que implora e mendiga por dinheiro para ajudar os animais é a mesma que
recusa meia tonelada de alimentação para lhes dar.
PRÓTOIRO