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domingo, 2 de junho de 2013

Portalegre: Emoção numa corrida “anti nhoc, nhoc”! (C/Fotos)



 Luís Rouxinol teve que puxar de todo o seu saber para dar a volta aos Guardiolas
 Em dia de aniversário, Marcos saboreou o triunfo
João Maria Branco apresentou-se no Alentejo como cavaleiro de alternativa. Venceu o desafio.


Por Hugo Teixeira
Fotos:Diário Taurino

A corrida de toiros de Portalegre ficou marcada pela emoção, factor que tanta falta faz à festa de toiros em Portugal.
Nas bancadas não houve tempo para dormir a habitual sesta, face à monotonia vivida na maioria das nossas corridas, nem houve lugar por parte do público ao célebre comentário “eu também era capaz de fazer aquilo com um toiro destes”…
A noite foi séria, dura e de entrega por parte de todos os artistas, principalmente dos forcados. Os “Guardiolas” não deram tréguas e vieram de Espanha dizer que em Portugal faz mas é falta emoção e não os tais cobiçados toiros nhoc, nhoc…


Aqui ninguém dorme!

Perante cerca de ¾ de casa (um casão mais uma vez para Portalegre), estiveram em praça três cavaleiros que tudo deram para triunfar perante toiros duros e “anti nhoc, nhoc”.
Luís Rouxinol, Marcos Tenório “Bastinhas Jr. e João Maria Branco entregaram-se por completo perante os toiros de Guardiola, com idade, peso e trapio.
Luís Rouxinol cumpriu em Portalegre, embora longe daqueles êxitos à Rouxinol, mas nem por isso deixou de carimbar a sua marca, com ferros compridos de grande maestria e com um par de bandarilhas sério.
Rouxinol, como os restantes companheiros pisaram terrenos de risco e esse fator trouxe na maioria das vezes o êxito, mas também os toques nas montadas. Os Guradiolas não perdoam!
Em Portalegre, o de Pegões teve que rever a matéria dada durante mais de duas décadas de toureio, para afirmar que é uma das primeiras figuras do país.
Marcos Bastinhas esteve imponente no seu primeiro, arrimado, sério e bastante cumpridor, chegando ao
público com a lide que viria a ganhar o troféu em disputa, entregue pela presidente da C.M.Portalegre, Adelaide Teixeira.
Marcos tem vindo corrida após corrida a triunfar e isso ficou logo vincado no seu primeiro em Portalegre.
 No seu segundo, esteve mais uma vez em grande, tentando executar ferros a quiebro que na maioria das vezes funcionaram.
Em dia de aniversários (completou 27 anos) e com direito aos parabéns cantados pelo público, Marcos deixou também um carimbo da casa: um grande par de bandarilhas.
João Maria Branco toureava a sua primeira corrida após a alternativa em Lisboa.
O primeiro Guardiola lidado pelo cavaleiro de Estremoz cedo foi para tábuas (segundo comprido) e João Maria Branco limitou-se a deixar a ferragem a sesgo com valor.
No segundo recebeu bem o oponente, tal como os seus colegas também o fizeram quando os toiros assim o permitiram, imprimiu uma boa brega e deixou ferros de grande nota, com um toureio de verdade.
Branco passou a mensagem à aficion alentejana, uma mensagem de que está a nascer uma nova esperança para o futuro, o nascimento de uma nova figura.
Em resumo: os três cavaleiros mostraram ofício e tiveram que puxar dos seus pergaminhos para sacar o êxito, numa noite onde não houve tempo para dormir nas bancadas.

No campo da forcadagem a coisa foi dura!

Os Amadores de Lisboa e de Portalegre tiveram por diante uma noite de alto risco, mas também para recordar.
Por Lisboa foram solistas Manuel Guerreiro, à segunda, com um toiro que investia com velocidade, Pedro Miranda à primeira e João Lucas ao primeiro intento após dobrar Daniel Batalha que recolheu à enfermaria após uma tentativa impressionante com o Guardiola a fazer mal.
Destaque para as ajudas que na grande maioria das vezes funcionaram, com principal destaque para esse forcadão que dá pelo nome de Mota Ferreira.
Pelo Amadores de Portalegre pegaram os forcados Alexandre Lopes, numa segunda tentativa duríssima, carregada de derrotes junto às tábuas, Nelson Batista, numa imponente pega, com a ajuda espontânea de Mota Ferreira dos Amadores de Lisboa, que saltou à arena para confirmar a grande pega. Um gesto único e diferente, olé!
Fechou a noite para os de Portalegre Ricardo Almeida à segunda, a mostrar galhardia.
Pelo Grupo de Portalegre destaco ainda as enormes ajudas de Miguel Bezerra e David Vargas.
De destacar ainda que recolheram dois forcados à enfermaria bastante mal tratados, Daniel Batalha (Lisboa) e Miguel Bezerra (Portalegre), mas felizmente nada demais se passou, ambos estão bem.

Troféus:

No final o júri decidiu, está decido!
Apesar de haver, como sempre, alguns assobios (poucos) por parte do conclave sobre a atribuição dos dois troféus, o júri para a melhor lide, constituído por Fernando Marques, João Cortesão e Vasco Lucas, decidiu atribuir o troféu a Marcos Tenório “Bastinhas Jr”.
O júri para a melhor pega, constituído por sua vez por Simão Comenda, João Patinhas e Zeca Pereira, decidiu atribuir o prémio a Nelson Batista dos Amadores de Portalegre.

Mourato recordado

No decorrer do intervalo foi recordado o saudoso crítico taurino Lourenço Mourato, através de uma homenagem que decorreu no centro da praça.
A empresa amavelmente decidiu atribuir a Luís Mourato, filho do saudoso crítico uma recordação, um digníssimo objecto de arte, retratando Lourenço Mourato, que foi entregue por Hugo Teixeira.
Fez-se justiça, Lourenço Mourato foi assim relembrado perante uma forte ovação!
A empresa “Toiros +”, de Lúcia Loureiro e Henrique Gil, está de parabéns pela imponente corrida que levou a Portalegre, deixando a velhinha José Elias Martins de novo num alto patamar, onde a emoção reinou acima de tudo.
Semear para colher no futuro foi aquilo que fez a empresa e isso vai dar frutos, não tenho dúvidas.
Dirigiu com acerto Rogério Joia, um festejo onde todos os bandarilheiros (que também passaram por alguns sustos) estiveram em bom plano.