Caso Gonçalves: Concorrentes tinham alertado para o perigo. Imprensa destaca acidente de toureiro

“Ele caiu como um saco e formou-se logo um charco de sangue” – disse uma testemunha que assistiu ao acidente que envolveu o ex-toureiro José Luís Gonçalves, um dos concorrentes do concurso da TVI Dança com as Estrelas.
O acidente ocorreu cerca das 16h00 de domingo, durante o ensaio geral do programa, que iria estrear horas depois. O cenário incluía uma escada “com degraus para os dois lados”, com cerca de três metros de altura e sem qualquer protecção, segundo disseram ao SOL. Para agravar as coisas, o local estava praticamente às escuras.
Ao que o SOL apurou, a produção do programa já tinha sido alertada pelos concorrentes para o perigo daquela situação e terá chegado a falar com o arquitecto autor dos cenários, mas este estava de férias e não pôde ir ao estúdio.
José Luís Gonçalves, de 43 anos, retirou-se das arenas em 2010, exactamente para não sujeitar a família a

situações de risco, segundo disse ao SOL fonte próxima.
As pessoas presentes em estúdio na altura da queda aperceberam-se imediatamente da gravidade do estado do ex-toureiro. Este foi, aliás, transportado ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde lhe foi diagnosticado traumatismo crânio-encefálico, fractura de costelas e de uma clavícula, ficando em coma induzido. Apesar da gravidade do acidente, o programa Dança Com as Estrelas foi para o ar como previsto, na noite de domingo. Durante o espectáculo, a apresentadora Cristina Ferreira explicou a situação aos telespectadores, admitiu que era grave, mas argumentou que o programa tinha de continuar.

Operado segunda vez de urgência
Entretanto, de então para cá, a situação de José Luís Gonçalves agravou-se “do ponto de vista neurológico”, segundo um comunicado do Hospital de Santa Maria, onde está internado.

Na noite de terça-feira, o ex-toureiro foi submetido a uma segunda cirurgia, de urgência, para “retirar uma parte do crânio do lado esquerdo, para tentar reduzir a pressão produzida pela inflamação da massa encefálica”, segundo o relato de um amigo ao jornal Correio da Manhã. A intervenção, com início às 22h00, durou cerca de quatro horas. Ao que o SOL apurou, o prognóstico clínico mantém-se muito reservado e José Luís Gonçalves continua em coma induzido.

Em comunicado, a TVI informou que a estação e a Endemol “despoletaram averiguações internas de forma a apurar o sucedido” e que a Endemol já contactou a sua seguradora “para activar as apólices de seguro que cobrem este caso específico”.

Sonia Graça- Jornal Sol

IMPRENSA DESTACA TRAGÉDIA

Fotos e imagens:D.R.