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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Agora falo eu: Deixa andar...até quando?

A festa vive dias conturbados em pleno defeso, situação que não é lá muito normal.
Se por um lado ninguém quer assumir os comandos da associação de empresários, deixando Paulo Pessoa de Carvalho “refém” e com a “herança” até meados de Janeiro, por outro assistimos a uma empresa forte e sólida no mercado a rejeitar vender bilhetes para festejos taurinos. Valha-nos a Associação de Tradições e Cultura Tauromáquica que está a acompanhar este último caso.
Ambos os factos são preocupantes e nem o nascimento de uma escola de toureio a cavalo ou a primeira feira ibérica do toiro, em Elvas, onde vão ser homenageados El Juli, Joaquim Bastinhas, o ganadero Francisco Luís Caldeira, entre outros, consegue apagar esta preocupação.
No meio deste cenário surge uma justa homenagem: Museu José Mestre Baptista, em Reguengos de Monsaraz.
Um espaço que pretende acolher o espólio do toureiro e que deverá abrir as suas portas em Junho ou Julho do próximo ano.
Sem dinheiros comunitários para as obras, apenas com a “carolice” e empenho da câmara e seus funcionários.
Mas a passividade das gentes dos toiros (uma larga maioria) preocupa-me.
A carne de bravo foi considera de “excelência”, ou seja “DOP”, pela União Europeia e ninguém diz nada, ninguém se congratula com este facto.
Os meus parabéns à Engenheira Fernanda Dias, filha do ganadero Pontes Dias, que foi a comandante deste projecto, a grande timoneira desta luta e que conseguiu levar o barco a bom porto.
Justiça acima de tudo!
Mas ninguém agradece, ninguém comenta a porta que se abriu, as oportunidades que podem vir a surgir, enfim…o costume.
Tudo isto é preocupante, quando todos desejariam, com certeza, um defeso calmo e tranquilo.
A velha máxima continua na festa: “deixa andar o barco, depois logo se vê”…
Até quando, meus senhores, até quando?

HT