A festa vive dias conturbados em pleno defeso, situação que
não é lá muito normal.
Se por um lado ninguém quer assumir os comandos da associação
de empresários, deixando Paulo Pessoa de Carvalho “refém” e com a “herança” até
meados de Janeiro, por outro assistimos a uma empresa forte e sólida no mercado
a rejeitar vender bilhetes para festejos taurinos. Valha-nos a Associação de
Tradições e Cultura Tauromáquica que está a acompanhar este último caso.
Ambos os factos são preocupantes e nem o nascimento de uma
escola de toureio a cavalo ou a primeira feira ibérica do toiro, em Elvas, onde
vão ser homenageados El Juli, Joaquim Bastinhas, o ganadero Francisco Luís
Caldeira, entre outros, consegue apagar esta preocupação.
No meio deste cenário surge uma justa homenagem: Museu José
Mestre Baptista, em Reguengos de Monsaraz.
Um espaço que pretende acolher o espólio do toureiro e que
deverá abrir as suas portas em Junho ou Julho do próximo ano.
Sem dinheiros comunitários para as obras, apenas com a “carolice”
e empenho da câmara e seus funcionários.
Mas a passividade das gentes dos toiros (uma larga maioria)
preocupa-me.
A carne de bravo foi considera de “excelência”, ou seja “DOP”,
pela União Europeia e ninguém diz nada, ninguém se congratula com este facto.
Os meus parabéns à Engenheira Fernanda Dias, filha do
ganadero Pontes Dias, que foi a comandante deste projecto, a grande timoneira desta
luta e que conseguiu levar o barco a bom porto.
Justiça acima de tudo!
Mas ninguém agradece, ninguém comenta a porta que se abriu,
as oportunidades que podem vir a surgir, enfim…o costume.
Tudo isto é preocupante, quando todos desejariam, com
certeza, um defeso calmo e tranquilo.
A velha máxima continua na festa: “deixa andar o barco,
depois logo se vê”…
Até quando, meus senhores, até quando?
HT