Tarde de dificuldades para o Maestro da Torrinha que superou as mesmas com Maestria
Rui Fernandes entrou no Redondo como uma onda gigante na Nazaré. Esteve enorme!
Em dia de aniversário Ribeiro esteve em grande plano no seu segundo.
A corrida de toiros que encerrou
a temporada no Alentejo, tendo como palco o Coliseu de Redondo, foi um êxito.
Um êxito a nível artístico, destacando-se António
RibeiroTelles no seu segundo, Rui
Fernandes nos dois que lidou e Vítor
Ribeiro no último da corrida.
Neste combate direto, Fernandes
levou a melhor, não só pelo que fez no ruedo, mas também pela forma como
chegou ao conclave. Este endiabrado!
Perante um quarto de
casa forte, lidaram-se toiros de Pinto
Barreiros que saíram bem na generalidade. No entanto, não eram toiros
grandes, mas também não eram nenhuns “bezerros” para a função, cabendo as pegas
dos astados aos forcados de Coruche e
Redondo, destacando-se acima de tudo os ribatejanos pela sua eficiência.
Mas vamos por partes:
António Ribeiro Telles
no seu primeiro tentou lidar com sites de largo, mas o toiro cortava caminho,
atravessava-se e o da Torrinha com toda a sua classe e Maestria entendeu esse
pormenor e optou por cravar em curto, para cortar essa investida algo perigosa.
No seu segundo, perante um voluntarioso toiro, assistimos a uma atuação de
classe, que veio de menos a mais e com o selo bem conhecido da casa. Triunfo
forte!
Rui Fernandes foi
ao Redondo para deixar a sua marca. No primeiro bregou, ladeou, levou o toiro
ao correr das tábuas, cravou as bandarilhas de alto a baixo, com o toiro por
vezes a ter a primazia da investida.
No seu segundo (um toiro mal visto), andou também em grande
plano, culminando a sua passagem com um
bom par de bandarilhas.
Nesta tarde, “Cervantes”,
“Vivaldi” e “Único” foram algumas das montadas “culpadas” pelo grande êxito
do cavaleiro da Charneca da Caparica que aproveitou para mostrar também
cavalaria nova que promete dar que falar.
Vítor Ribeiro
fechava o cartel, aliás composto por três cavaleiros das badaladas “exclusivas”
da empresa Campo e Praça, promotora deste festejo.
Ribeiro assinalou este sábado 35 anos de vida e se no primeiro não teve toiro, no segundo a coisa
foi diferente e o “bolo de aniversário”
foi desta forma assim servido...
Na primeira lide calhou-lhe em sorte um manso reservado e a
pedir tábuas. Quanto mais o castigava, pior o astado ficava para a função, mas
nem assim Ribeiro baixou os braços.
No seu segundo brilhou, com aqueles ferros emotivos à
Ribeiro e com uma brega vistosa. A dar a primazia da investida ou a atacar, o
cavaleiro fechou a tarde da melhor forma.
No campo da forcadagem, a tarde foi bastante tranquila para
os Amadores de Coruche com três
pegas ao primeiro intento.
Foram solistas Ricardo
Dias, José Marques e João Laranjinho.
Pelos Amadores de
Redondo pegaram ao primeiro intento Hugo
Figueira Carlos Silva e Rui Grilo, após dobrar Fábio Caeiro que efetuou duas tentativas.
No final da corrida o ganadero Joaquim Alves foi chamado à praça (já tinha sido antes, mas
recusou), tendo escutados fortes ovações (foto em cima).
Dirigiu com acerto Ricardo
Pereira, um festejo que foi bastante agradável.
Até 2014…
Texto e fotos: Diário Taurino