Rui Salvador
Luís Rouxinol
Sónia Matias
Tomás Pinto
Miguel Moura
Emoção e risco. Estes foram os ingredientes para uma noite
de toiros a sério em Évora, onde não houve tempo para “dormir” nas bancadas.
Os Fernandes de Castro pediram o BI aos toureiros que
aproveitaram o desafio e estiveram enormes perante as dificuldades
apresentadas.
A primeira corrida da Associação Portuguesa de Pais e Amigos
do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Évora resultou numa boa casa (cerca
de ¾) e em momentos de grande emoção no ruedo.
Seria injusto destacar que este ou aquele toureiro esteve
melhor do que outro. Joaquim Bastinhas, Rui Salvador, Luís Rouxinol, Sónia
Matias, Tomás Pinto e Miguel Moura deram a volta aos oponentes de forma
exemplar, mostraram argumentos perante as dificuldades.
Bastinhas com um toiro a tapar-se e a vir cá acima no
momento do ferro esteve em grande, fechando com um grande par de bandarilhas,
Rui Salvador cravou dois ou três ferros daqueles “à moda antiga” e que o
celebrizaram como o toureiro dos “ferros impossíveis” e a fechar a primeira
parte Luís Rouxinol enfrentou o mais bruto do festejo com galhardia, rematando
a faena com um valente par a duas mãos.
De destacar que o ganadero deu volta ao ruedo após a lide do
terceiro (o tal que era bruto) por vontade do diretor do festejo João Cantinho,
não por vontade do público ou de um outro fator qualquer. O ganadero merecia
pisar o ruedo, isso sim, após a lide do quinto, ou até mesmo no final, nunca
após a lide do terceiro da ordem…Critérios.
Na segunda parte Sónia Matias teve que se entender com “uma
bola de carne” reservada , atirando-se para cima do oponente para cravar a ferragem e
sacar os aplausos. Tomás Pinto (outro injustiçado, pois toureia infelizmente
pouco) esteve vistoso na brega, pela forma como correu o toiro pelas tábuas,
deixando bons ferros e vontade de o ver mais vezes.
Fechou e bem Miguel Moura. Boa brega, sortes com leves
batidas ao píton contrário e remates das sortes, marcaram a presença deste
toureiro que mostra mais maturidade. Lidou um grande toiro que teve direito,
com toda a justiça, a regressar ao campo.
Resumindo: Estiveram todos bem perante um curro que pedia
contas.
Mas os principais heróis da noite foram os forcados.
Estiveram enormes os Amadores de Évora e São Manços, pois aguentaram fortes
derrotes e fizeram frente à força e à forma como os Castros empurravam!
Por Évora foram solistas Francisco Oliveira à segunda
tentativa, Ricardo Sousa ao primeiro intento e João Madeira à terceira
tentativa.
Pelos Amadores de São Manços foram forcados de caras Manuel
Vieira à primeira, Pedro Galhardo à quarta e João Fortunato à terceira.
Dirigiu João Cantinho, assessorado por Ana Gião Romão da
Veiga.
(Em breve reportagem com as gentes da festa!)