Uma corrida entretida, com pormenores por parte dos
intervenientes, marcou este Domingo o arranque da temporada na Figueira da Foz.
Perante ¾ e casa lidaram-se toiros de Manuel Coimbra de
comportamento desigual (destacou-se o primeiro e o terceiro), para os
cavaleiros Joaquim Bastinhas, Luís Rouxinol e João Maria Branco.
No capitulo da pegas a tarde foi tranquila para os forcados
do Barrete Verde de Alcochete e Portalegre, mais atribulada para os Amadores de
Coimbra, mas vamos por partes.
A primeira actuação de Bastinhas foi superior à segunda,
tudo graças à colaboração dos oponentes. Destacou-se pela sua alegria e por um
par de bandarilhas de grande nota. Cumpriu a função e deixou, como não poderia
deixar de ser, um grande ambiente.
Luís Rouxinol teve por diante o pior lote, mas nem por isso
baixou os braços, recorrendo aos seus recursos para ficar por cima. Usou todas
as armas e sacou os aplausos do conclave, principalmente com a execução de um
grande par de bandarilhas nos médios.
João Maria Branco tem dois ferros de arrepiar no seu
primeiro, com o cavalo ferro Lima Duarte e no seu segundo imprimiu uma actuação
em crescendo, tendo saído sob forte ovação após um grande ferro, que chegou ao
público, mas antes de tudo chegou ao toiro que deu bastante brilho à sorte
desenhada pelo de Estremoz.
No capitulo das pegas foram solistas pelo Aposento do
Barrete Verde de Alcochete os forcados Marcelo Loia e Diogo Amaro (conquistou
troféu para a melhor pega), ambos ao primeiro intento.
Por Portalegre foram solistas Nelson Batista à primeira e Marco
Raimundo à segunda tentativa.
Por Coimbra foram caras Rui Martins à terceira e Nuno Cruz à
segunda tentativa.
Dirigiu com acerto Lourenço Lúzio esta corrida projectada
pela empresa do Campo Pequeno que também voltou a triunfar.
Depois do êxito de bilheteira na Nazaré, registou na Figueira
uma grande casa e brilhou ainda ao oferecer ao público dois espectáculos agradáveis.
Olé!