A corrida da União
das Misericórdias em Santarém
fica marcada por uma grande actuação de João
Moura Caetano, perante um toiro da divisa de Maria Guiomar Cortes de Moura.
A corrida, que demorou mais de três horas, viu no temple de
Caetano a arte de saber lidar, com suavidade e sem pressas.
Com o Temperamento
uma grande serie de bandarilhas que galvanizou o público.
Neste ponto também temos que realçar o excelente jogo que o
toiro ofereceu. Um bailado bem conjugado e que chegou ao conclave. Um
verdadeiro quadro!
Mas num cartel formado por vários estilos também houve
outros êxitos, aliás, todos estiveram em bom plano neste festejo que rendeu mais
de 34 mil euros para os projetos da União das Misericórdias.
Joaquim Bastinhas,
a cumprir 30 anos de alternativa, esteve em grande plano perante um astado de
Vinhas, chegando como é seu timbre ao público, rematando uma limpa actuação com
um bom par de bandarilhas. Maestro é Maestro!
Luís Rouxinol
voltou a escrever em Santarém uma página importante na sua gloriosa carreira.
Uma lide séria perante um toiro sério de Veiga Teixeira que deixou o de Pegões
brilhar na zona dos médios. Actuação coroada com um grande par de bandarilhas.
Sónia Matias está
num bom momento. Desenhou sortes ajustadas e chegou ao público scalabitano com
um violino de boa nota.
Manuel Telles Bastos lidou um exemplar de seu avô,
David Ribeiro Telles.
Um toiro algo bruto, com crença, exigindo muito ao cavaleiro
na hora da preparação dos ferros. Esteve em bom plano Manuel Telles Bastos que
sacou o êxito a ferros.
Fechou praça, perante um Veiga Teixeira que foi de mais a
menos, Marcos Tenório “Bastinhas Jr”.
Imponente nos
compridos e com bons pormenores nos curtos, pois o toiro, depois, veio a menos.
Mesmo assim mostrou o bom momento que atravessa, a excelente
quadra de cavalos que possui e deixou ambiente na capital do Ribatejo.
Terminou a sua passagem por Santarém com um valoroso palmito
em terrenos apertados.
No campo da forcadagem a tarde foi mais atribulada para os Amadores de Santarém.
Foram solistas António
Imaginário ao primeiro intento, após dobrar Luís Sepúlveda que efectuou três tentativas, Hugo Santana à quarta e João
Goes à terceira, numa rija pega.
Pelo Aposento da
Moita foram solistas Francisco
Baltazar à primeira, Bernardo
Cardoso e José Henriques à segunda.
Dirigiu com acerto Ricardo
Pereira.
Durante o intervalo Joaquim
Bastinhas foi homenageado pela União da Misericórdias pelos seus 30 anos de
alternativa e foram distribuidas lembranças aos restante cavaleiros, forcados e
ganaderos.
A organização homenageou ainda Nuno Carvalho “Mata”.