Numa agradável corrida de toiros que encerrou a temporada
nazarena, Marco José e Duarte Pinto foram os grandes triunfadores, cada um no
seu estilo, mas ambos com um toureio de verdade e de muito mérito.
Marco diante do pior da corrida, que parava aquando do
momento do ferro, esteve em grande nível, apesar de ainda lesionado no joelho
direito; lide de muito mérito, entrando pelo oponente, arrimando-se e indo a
sítios "impossíveis" na brega, numa atuação emocionante e vibrante
com o público nazareno a responder com constantes aplausos e ovações.
Na segunda parte foi Duarte Pinto o triunfador, diante de um
toiro que se arrancava de praça a praça e através de um toureio frontal,
colocou ferros de grande nível, com classicismo, arte e muito mérito, numa
série de seis curtos muito bons.
Gilberto Filipe mostrou também estar num bom momento, com
uma lide a chegar muito ao público e com alguns ferros curtos de bom
nível.
Rui Salvador abriu praça com a garra e raça habituais,
colocando ferros de mérito.
Filipe Gonçalves meteu a "carne no assador", mas
não entendeu o oponente e esteve irregular.
Mateus Prieto diante do melhor do curro cumpriu com afinco a
função.
No capítulo das pegas, os Amadores de Coruche estiveram bem,
com pegas por intermédio de José Marques (2ª), Luís Gonçalves (1ª) e Pedro
Galamba (1ª). Noite mais dura dos Amadores da Chamusca, com Ricardo Costa (2ª),
Nuno Marques (3ª) e Emanuel Injay (2ª).
Boa corrida de toiros, para a qual contribuiu o nobre comportamento
dos toiros (excetuando o 2º) de José Luís Cochicho, tendo sido merecida a
chamada à arena do ganadero depois da lide do último.
Noite fria, com mais de meia casa e direção com alguma
dualidade de critérios musicais de Francisco Calado, bem assessorado por
José Luís Cruz.
Texto:PP
Foto:Fernando Clemente