Bastinhas toureou de frente e fechou actuação com um bom par de bandarilhas
A imagem diz tudo. António Telles foi dar lição de toureio a Évora
Rui Fernandes não teve sorte com o oponente. Deixou a sua entrega de forma bastante digna
Um dos grandes momentos da brilhante actuação de João Maria Branco.
Mateus Prieto deu nas vistas com os palmitos e violinos
Depois da alternativa, Botero continua a dizer a tudo e todos que está na corrida pelos lugaresda frente
Os “velhos” ainda têm uma palavra a dizer, mas este sábado,
em Évora, ficou bem patente que o futuro da festa passa pelo “novos” toureiros.
Assistimos a grandes momentos de toureio por parte de todos
os intervenientes na corrida de São Pedro, mas a lide que chegou mais ao
público foi a de João Maria Branco, que substituía neste festejo o lesionado
João Moura Caetano, que sofreu uma aparatosa queda há oito dias, em Arronches.
Joaquim Bastinhas, António Telles, Rui Fernandes, João Maria
Branco, Mateus Prieto e Jacobo Botero componham o cartel da corrida de Évora,
perante toiros de Passanha que serviram para a função, destacando-se o segundo
e o quinto da ordem.
As pegas estiveram e bem a cargo dos Amadores de Évora de
António Alfacinha.
Abriu praça Joaquim Bastinhas que desde cedo atacou o
oponente e foi desenvolvendo uma lide em crescendo. Terminou a sua passagem com
um grande par e com o público rendido à sua entrega e populariedade.
António Telles aproveitou bem o bravo que teve por diante e
abriu o livro do toureio clássico, onde reinam os ferros ao estribo, dando
assim uma lição de toureio e de boa colocação do oponente para desenhar as
sortes.
Fechou a primeira parte o cavaleiro Rui Fernandes. Uma lide
com pouca chama graças ao astado que adiantava-se bastante, com o intuito de
colher a montada. Não deu para executar o seu toureio ajustado.
A segunda parte abriu com o êxito de João Maria Branco. O
Passanha era sério, para tourear pouco servia, deixava-se apenas ladear, mas
acima de tudo consentia ao cavaleiro cravar bons ferros, com o toureiro sempre
a atacar. O cavalo Da Vinci, de Lima Duarte, acompanhou Branco no triunfo.
Seguiu-se Mateus Prieto. O cavaleiro chegou ao público nas
bandarilhas curtas e recolheu ovações mais calorosas na parte final quando
executou um palmito e um violino. Deixou assim o seu selo, merecendo, com toda
a justiça, mais oportunidades.
A função encerrou com Jacobo Botero. Uma emotiva sorte
gaiola abriu os trabalhos, para depois assinar bons curtos. Uma lide em crescendo
e que foi rematada superiormente com um bom violino. Cavaleiro também bastante
aplaudido.
No capítulo das pegas a noite foi de glória para o valoroso
grupo de Évora. O grupo de António Alfacinha mostrou coesão e “estaleca” para
grandes desafios.
Foram solistas Gonçalo Pires e Dinis Caeiro à primeira, Rui
Gomes à terceira, João Pedro Oliveira à primeira (uma grande pega), João
Madeira ao segundo intento, tendo fechado praça o cabo, António Alfacinha com
uma pega ao primeiro intento.
Dirigiu com acerto este espetáculo muito agradável e que
decorreu de forma bastante célere João Cantinho, assessorado pela médica
veterinária Ana Gião Gomes, sendo cornetim da corrida José Henriques.