A MELHOR DEFESA É O
ATAQUE
Esta coisa de "ter que me defender"
das provocações, insultos dos mais agressivos e ordinários que existem,
demonstrativos do baixo nível de quem os usa, obriga-me a ser repetitivo nos
meus argumentos "de defesa". O que não é agradável para quem gosta de
escrever.
Contudo, a isso me obrigam os atacantes. Os virginais Assis
sem auréola, os “contra”, os anti taurinos. Também eles se repetem
exaustivamente nas suas violentas e malcriadas investidas (“à cautela”,
anónimas as mais ordinárias) . O que é ótimo para quem se defende ,
pois tira-lhes qualquer valor e faz duvidar da convicção com que são
feitas.
Reivindicar constantemente o meu direito de escolher do que
devo ou não gostar, porque uns desconhecidos fascisoites, com ânsias de poder e
protagonismo querem, não se coaduna com a minha maneira de ser. Travestizados
de São Francisco de Assis, manhosamente invocando um objetivo que, sabem de
antemão, desperta simpatia, principalmente entre a gente mais nova,
tradicionalmente propensa a causas que considerem nobres,
atacam agressiva e grosseiramente os aficionados. Querem acabar com as
touradas. Dizem eles. Com o sofrimento que nelas é infligido
aos toiros. Intenção naturalmente bem aceite. Aglutinadora de voluntários para
dar força ao protesto.
Para isso os cabecilhas do protesto, exteriorizando
artificiais sentimentos de comiseração, não se calam. Todos os dias, deturpando
factos, inventando e empolando outros, atacam o meu espectáculo
preferido. Através dessa atitude, também a mim e a todos os aficionados. Não
posso pois deixar de me Defender.
Uma das formas de o fazer, é enunciar os truques de que os
impolutos Assis sem auréola se servem para convencer os mais ingénuos a
juntarem-se-lhes, ou para dar ideia de que a sua ação está a ter êxito quando é
um fracasso, uma espécie de estertor do moribundo. Vejamos.
Encontram-se blogues sem movimento ou que só o fazem
esporadicamente, quando surge alguma notícia que considerem de
aproveitar. Quer dizer, a não serem os insultos,
parece não terem ideias próprias. Isso mesmo é demonstrado pelos
constantes e patéticos apelos que fazem, desafiando gente a juntar-se às
coreografadas ruidosas e ridículas manifestações anti taurinas que organizam.
Contando apenas como certos, vinte ou trinta elementos (e já
é boa vontade – raramente os manifestantes chegam às duas dúzias) descaradamente
servem-se do poder da internet, para atrair incautos para as manifestações,
afim de poderem dar ideia de adequada representatividade. Mas não só este
truque.
Outros são: a mesma notícia aparecer repetida em várias
páginas do Google. Os Assis sem auréola fazerem um intercambio de notícias,
cada um dando publicidade ao texto do outro. É a tentativa de dar aos
blogues uma visibilidade que, na verdade, não têm. Quem reparar bem,
verificará um mesmo texto em blogues diferentes. Há também os blogues há muito
inativos. No entanto, a sua primeira e única página mantem-se. E lá está o
ataque aos apelidados tauricidas. Servem para ajudar a dar aos
protestos a impressão de um dinamismo que, afinal, é só virtual.
E a solidariedade entre estes bloquistas é de tal ordem que
um deles, ao querer desistir por achar inútil e fútil a “luta”. Logo outro foi
em seu socorro para o desencorajar. Mesmo não fazendo nada é de ficar. Terá
pensado. Quer dizer, só para fazer número. E o blogue lá continua. Fotografias
de praças vazias são publicitadas como norma e significando o declínio das
touradas. Nem o saberem que é frequente a lotação esgotar-se os faz hesitar.
Procedimento capcioso que só desacredita quem o usa. Quando há uma proibição de
touradas nesta ou naquela terra, logo anunciam tal acontecimento como
demonstração de que o fim das touradas está próximo. Claro que isto é só mais
uma manobra para enganar os ingénuos. Em simultâneo com estas interdições,
surgem novas praças, recuperação de outras, o espectáculo tauromáquico a
realizar-se e a ter bom acolhimento, em terras onde
nunca existiu.
A proibição de touradas em Barcelona foi recebida com grande
euforia e, como de costume, habilidosamente aproveitada. A notícia que deram:
“TOURADAS PROIBIDAS NA CATALUNHA”. Afinal não é bem assim. Se foram proibidas
na capital da província, cidades a ela pertencentes, trataram de as
blindar para que não houvesse a mesma tentação.
A juntar a tudo isto, temos ainda os atos de vandalismo
praticados contra as praças e propaganda das touradas, a agressividade e
grosseria utilizada contra os aficionados. Vendo bem, manifestações que dão
tranquilidade aos taurinos. O que é preciso é dar a estas situações, publicidade
igual à que eles dão às suas ações. Fazer ver aos que acreditem nos seus falsos
bons sentimentos que estão a ser manipulados. A estes Assises sem
auréola, não é o sofrimento dos toiros que os mobiliza. Em vez desse sentimento
altruísta até, meritório e respeitável, é a inveja, o despeito, a
frustração.
Julgo que ficou bem vincado que escrevo para me defender.
Não para atacar. Não fui eu que comecei com ofensas e ordinarices.
Carlos Patrício Álvares (Chaubet)
DANOS COLATERAIS
A desbocada, persistente e agressiva campanha anti taurina,
a que oito ou dez blogues se entregam na net e a fila de pessoas que
todos os dias vejo, junto à Estação de Santa Apolónia, aguardando que lhes
levem a comida de que necessitam, tem-me provocado uma espécie de danos
colaterais, que se refletem de forma estranha no meu equilíbrio psíquico. Um
dormir inquieto, faz-me ter esquisito sonhos e visões.
Numa das últimas noites, surgiu-me a visão do MAPP-Movimento
anti pobreza de Portugal, que dizia no seu manifesto:
“A dura luta contra a pobreza em Portugal, exige uma
resposta organizada por parte dos defensores dos mais carenciados, pelo que uma
Associação deve, em articulação permanente com outros coletivos, liderar
e promover ações de contestação desta situação, fornecendo em simultâneo, uma
vasta rede de recursos aos milhares que recusam e repudiam a pobreza”.
Custa-me ver a pobreza e gente carenciada. Considero até que
a primeira obrigação de uma Sociedade devidamente estruturada, é ajudar essas
pessoas. Estava pois, completamente de acordo com tal mensagem.
Ao despertar completamente porém, percebi que tal mensagem
tinha sido influenciada e inspirada, pela do MATP-Movimento Anti Touradas de
Portugal, que diz a mesma coisa mas substituindo a palavra pobreza por tourada.
Quer dizer, uma mensagem cuidadosamente redigida, apelando aos bons sentimentos
de quem a ler mas…em vez de ser a favor dos homens, é favor dos toiros. Esta
nem ao São Francisco de Assis, patrono dos animais e que, nestas circunstâncias
cito sempre, lembraria. Preocupar-se primeiro com os animais do que
com os homens….
Carlos Patrício Álvares (Chaubet)