DIÁRIO TAURINO TRIUNFADOR EM 2011, 2012 e 2013! ESTE BLOG FOI GALARDOADO COM OS TROFÉUS IMPRENSA do SORTILÉGIO CLUBE-REGUENGOS DE MONSARAZ (2011), TERTÚLIA TAUROMÁQUICA DE ESTREMOZ (2011) E AINDA COM O TROFÉU IMPRENSA DA TERTÚLIA TAUROMÁQUICA NOSSA SENHORA DO CARMO, EM SOUSEL (2011 e 2012). EM 2013 GALARDOADO PELA TERTÚLIA TAUROMÁQUICA DE ALAGOA. OBRIGADO A TODOS OS LEITORES. ESTES TROFÉUS SÃO VOSSOS!
--------------------------A informação taurina passa diariamente por aqui. Um blog ao serviço da festa e dos toureiros portugueses----------------------

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Bronca/Lousada: Imprensa nacional continua a dar relevo. Empresários acabam em Tribunal



A corrida de toiros que se devia ter realizado no sábado, em Lousada, vai acabar em tribunal, com o empresário ligado à organização e o representante de um dos toureiros a anunciarem processos entre si.
O empresário João Oliveira disse hoje à agência Lusa que vai interpor uma queixa-crime contra Ricardo Levesinho , o representante do cavaleiro Pedro Salvador, por alegado "roubo" de 1.000 euros. Ricardo Levesinho, também em declarações à Lusa, acusou João Oliveira de "ofender o bom nome das pessoas", garantindo que "esse senhor vai ter de responder no sítio próprio".
A corrida de toiros estava marcada para sábado, em Lousada, organizada pela Associação de Produtores Melão Casca de Carvalho e Produtos Hortícolas do Vale do Sousa, apresentando-se João Oliveira como intermediário.
Além de Pedro Salvador, estavam previstas as actuações dos cavaleiros Alberto Conde e Verónica Cabaço e dos grupos de forcados da Moita e de Arronches.
O espectáculo acabou por não se realizar, apesar de algumas centenas de pessoas terem comprado os seus bilhetes.
Quando a decisão de cancelamento da corrida foi anunciada aos populares, estes protestaram e tentaram entrar na praça que tinha sido montada num terreno próximo da escola secundária da vila. Na altura, foi necessária a intervenção de militares da GNR.
João Oliveira disse hoje à Lusa que a responsabilidade pelo cancelamento da corrida tem de ser imputada a Ricardo Levesinho.
O empresário ligado à organização garantiu que, a meio da tarde de sábado, quando a venda de bilhetes estava suspensa por ordem da direcção da corrida, numa reunião realizada com todos, foi acordado pagar, com o dinheiro das bilheteiras, parte do cachet aos representantes de cada um dos três toureiros que estavam no cartaz, na condição desses actuarem. O restante cachet seria pago durante a corrida.
"Todos estiveram de acordo e reabriram as bilheteiras", contou, garantindo haver 10 testemunhas, incluindo o director da corrida.
Contudo, acrescenta João Oliveira, o representante de Pedro Salvador, ao qual tinha sido entregue uma verba de 1.000 euros, "acabou por não cumprir e mandou carregar os cavalos".
Esse comportamento, observou, "acabou por influenciar" os cavaleiros Alberto Conde e Verónica Cabaço a não actuarem, apesar daqueles terem recebido 1.000 e 600 euros, respectivamente.
Por isso, disse, houve necessidade de anunciar o cancelamento da corrida e proceder, com o que restava das verbas da bilheteira, a mais alguns pagamentos a outros intervenientes, incluindo o grupo de Forcados da Moita.
"Eu não trouxe um cêntimo das bilheteiras", garantiu.
João Oliveira disse também ter sentido a sua vida e a do seu filho, de 12 anos, em risco naquela tarde, quando os espectadores tentaram invadir a praça.
Ricardo Levesinho esclareceu hoje que a decisão de não actuar foi tomada em conjunto com os dois colegas.
"Entenderam os toureiros que não estavam reunidas as condições mínimas", afirmou, acrescentando:
"Os valores residuais das despesas que os toureiros receberam foram distribuídos com outros dos intervenientes de forma a reduzir os custos implicados".
O apoderado (representante) de Pedro Salvador disse que João Oliveira não pagou o total do cachet antes da realização da corrida, contrariando o que contratualizara com os cavaleiros.
Disse também que, após o recebimento do adiantamento, o valor sobrante nas bilheteiras não era suficiente para garantir a realização do espectáculo.
"Foi um processo de muita mentira e falsidade, que levou ao descrédito dos organizadores", disse.
No sábado à noite, José Magalhães, presidente da Associação de Produtores Melão Casca de Carvalho e Produtos Hortícolas do Vale do Sousa, entidade co-organizadora do evento, disse à Lusa que as causas para o cancelamento deveriam ser perguntadas ao empresário João Oliveira.
"Foi ele que fez os contratos com os toureiros e que pediu todas as licenças. Não sabemos os que se passou em concreto", afirmou, lamentando o sucedido.

Agência Lusa/Sol
Foto:D.R.