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domingo, 29 de julho de 2012

Exclusivo: Bronca/Lousada: Ricardo Levesinho (apoderado Pedro Salvador) apresenta a sua versão dos factos


A versão do apoderado Ricardo Levesinho enviada ao Diário Taurino:

Enumero passos:
1. Janeiro de 2012. Contratação do Pedro Salvador por determinado valor a pagar na hora do sorteio e contratação de uma novilhada Palha (por mim gerida a pedido do Exmo. Sr. João Folque - proprietário da Ganadaria) por determinado valor a pagar no embarque.

Quem sempre concordou com o valor a a forma de pagamento foi o Senhor João Oliveira, que sempre disse e repetiu inúmeras vezes ao longo deste meses que era a palavra dele que estava em cima da mesa e que a situação de Vizela tinha sido algo por ele impossível de resolver mas que de forma a mostrar a sua seriedade os intervenientes recebiam conforme estipulado para não existir duvidas.
Solicitou igualmente o NIB para transferência para transferência bancaria de forma atempada do valor dos novilhos. Não le enviei no momento e o mesmo contactou me dois dias depois para repetr o pedido do NIB que lhe foi enviado de imediato.

2. Percurso de Janeiro a 22 de Julho. Informação do Senhor João Carlos Oliveira variadas vezes repetidas. Repetia e reafirmava a sua seriedade e que a corrida ia ser um sucesso de praça esgotada.

3. Dia 23 de Julho. A solicitar dados para deslocação dos animais e confirmar data e hora do embarque foi dito ao Sr. João Oliveira que como ate a data não tinha existido transferência era necessário que a mesma fosse efetuada ate a data ou que o próprio ou alguém pelo mesmo estivesse no embarque para por um lado aferir as boas condições dos animais e que procedesse ao pagamento dos mesmos.

O Sr. Oliveira ai colocou em causa o valor combinado e surgiu o seu ligeiro esquecimento sobre a forma de pagamento. O mesmo só se relembrou quando lhe foram dadas informações sobre momentos do negócio. Solicitou me tempo para falar com os membros da Associação de Produtores de Melão e Hortícolas que substituíam a parceria original que supostamente seria a Comissão de festas de Lousada.

No mesmo dia transmitiu me que a denominada Associação não entendia coerente que se pagasse os toiros na véspera e os restantes intervenientes ao sorteio. E que eu compreende--se.

De imediato transmiti-lhe a minha não concordância mas que a minha posição lhe era transmitida ate as 13 horas do dia seguinte de forma a ocultar opiniões devidas.

4. Foi transmitido ao Senhor Oliveira a não possível deslocação dos animais sem o negócio ser efetuado conforme o combinado. E todos os transtornos e custos inerentes que isso implicava na forma como estava a gerir o negócio. O mesmo sempre se desculpou com um tal de Jose Magalhães, Presidente da dita Associação.
Exigi saber o nome da ganadaria substituta de forma a transmitir ao cavaleiro que represento.

5. Dia 26 de Julho. O Sr. Oliveira transmitiu me como representante do cavaleiro Pedro Salvador que a ganadaria a lidar seria Francisco Luis Caldeira-

6. Dia 28 de Julho.

12:00 Sorteio realizado.

12:30 Solicita o Sr. Oliveira que o acompanhemos de forma a procedermos ao recebimento dos valores negociados e contratualizados.

13:00 Solicita o Sr. Oliveira que por atraso do representante da dita Associação aguardássemos até as 14 horas pois o dito senhor estava a almoçar e que regressássemos as 14:00. Foi transmitido ao Sr. Oliveira pelos 3 representantes dos toureiros que a situação estava a ser colocada de uma forma bem diferente da previamente combinada mas que e de forma a não sermos depois considerados impossibilitadores de algo aguardávamos ate essa hora.

14:00 O Sr. Oliveira por telefone diz para esperarmos que a situação estava a ser resolvida. Que o pagamento seria por cheque da dita Associação. Continuamos aguardando a chegada do Sr. Oliveira.

15:00 O Sr. Oliveira continuava a nos solicitar mas 10 minutos.

15:30 O Sr. Oliveira regressa a zona da Praça de Toiros e diz que esta ao telefone com a dita Associação e a resolver a questão.
Conseguimos o contacto do Sr. Jose Magalhães, que na presença de todos os intervenientes que fomos testemunha, transmitiu que não estava a Associação por ele presidida a tratar rigorosamente de nada e que a responsabilidade material era de inteira responsabilidade do Sr. Oliveira.
O Sr. Oliveira foi de imediato por todos nó colocado ao corrente do nosso conhecimento da suposta mentira sob a forma como estava a ser gerida a questão e ai o Sr. Oliveira começou a responsabilizar a dita Associação que culpava de estarem a fugir a responsabilidade.

16:00 Foram de imediato reunidos todos os intervenientes e analisado todo o processo.
Foi tentado chegar a uma solução de consenso que mais não seria do que apos uma avaliação dos valores contratualizados com todos os intervenientes se efetuasse um total do valor dos créditos e os mesmos fossem rateados conforme o valor realizado pela bilheteira no fim do espetáculo.
Neste momento não existiu consenso porque nas expectativas no momento existentes, o valor realizado na bilheteira era inferior a 3.000€ e entendia-se que pela forma como estava a decorrer as vendas a venda expectável teria possibilidade de fazer auferir entre 22% a 30% dos valores previamente combinado porque o Sr. Oliveira não possuía nenhuma verba suplementar e que ate tinha efetuado segundo palavras do proprietário da praça e ditas perante a autoridade lhe efetuado uma transferência bancaria inexistente já que os documentos comprovativos da mesma eram papeis forjados e totalmente falsos.

O consenso foi difícil de conseguir porque além das expectativas completamente defraudadas existiu um processo de muita mentira e falsidade o que levou ao descredito do processo e dos organizadores por parte dos intervenientes.

Foi pelo Sr. Oliveira solicitado varias vezes que a corrida seguisse em frente e efetuadas promessas de forma a cativar os toureiros a manterem-se na praça. Nesse passo foi dado aos toureiros profissionais um valor de 1.000€ e um valor de 600€ a cavaleira praticante. Estes recebimentos estão devidamente assinados e confirmado o seu recebimento.
Considerando que vários dos intervenientes não estavam de acordo com o rateio colocado como possível, foi pelos toureiros e de forma a defender interesses globais, decidido não tourearem. Sabendo que existem opiniões que se tem manifestado posteriormente diferentes porque o grau de responsabilidade e prejuízo a eles provocado e totalmente diferente. Mas e importante entender a Ganadaria que iria auferir por 6 toiros um valor ligeiramente superior ao valor de 1 (um) toiro!
Entenderam os toureiros não estarem reunidos as condições mínimas. E respeitando o público que foi lesado pela falta de devolução do valor dos bilhetes os toureiros pessoalmente deram a cara e transmitiram a todos os presentes através de sistema de som as suas razões e que foram aceites pela grande maioria dos lesados.
Acresce dizer que os valores residuais das despesas que os toureiros receberam foram distribuídos com outros dos intervenientes de forma a reduzir os custos implicados. O valor do Pedro Salvador foi repartido com a empresa de transportes dos toiros.
As decisões foram tomadas de forma muito difícil e que ainda neste momento e normal existir um balanço e uma avaliação a efetuar dos acontecimentos e decisões. E sempre complexo estar envolvido numa situação tão difícil onde se existe caos, desordem e prejuízos significativos.
Entendo ate que o nosso erro foi ao não proceder a anulação da corrida demonstrando não vontade de ir para a frente com a mesma logo apos a hora do sorteio, hora onde estava estabelecido o pagamento contratualizado. Tentamos no entanto dar todas as condições e tempo para que a situação fosse resolvida demonstrando a nossa boa-fé.
E uma situação para a Tauromaquia completamente errada mas que ao darmos possibilidade que a mesma tivesse continuação continuávamos a contribuir para a degradação interna deixando continuar a existir comportamentos completamente errados e desencorajadores para o futuro. E penso não ser esse o caminho.

Uma palavra de pedido de compreensão e desculpas para o publico lesado manifestando o nosso completo apoio ao mesmo, já o demonstrado pessoalmente pelos artistas e mostrando nos completamente disponíveis conforme referido a autoridade presente para testemunharmos em sede própria.


Nota da Redacção: O Diário Taurino está a tentar obter depoimentos dos outros apoderados, bem como de outros intervenientes no espectáculo.

Foto:D.R