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quinta-feira, 12 de julho de 2012

A TEMPO:ESCLARECIMENTO AOS ASSIS



A)    Inspirado em São Francisco Xavier, Santo Padroeiro dos animais, dei este novo nome aos “contra”.

Os “contra”, os Assis, invocam o sofrimento do toiro, para exigirem a extinção da tourada. Dizem eles que os taurinos, a quem chamam tauricidas, se regozijam com o padecimento do toiro. É isso que os entusiasma. Chamam-nos, além do tauricida a que, pelo ridículo, acho piada: sanguinários, selvagens, torturadores, sádicos, vampiros, carniceiros, bárbaros, primitivos, desumanos, necrófilos até, filhos…da…filhos da…de  uma mulher qualquer. Como se verifica, linguagem a condizer com os bons sentimentos, princípios éticos e morais que propagandeiam possuir. Mas terão realmente razão? Não haverá  exagero nessa apreciação. Servirá ela como definitivo ariete para derrubar a Tauromaquia. Vejamos.
O primeiro erro dos “Assis”. Não é o sofrimento do toiro que os apelidados “tauricidas” apreciam. Num email que recebi  um “Assis” dizia, sobre as razões que os taurinos apresentam para defender as touradas: “argumentos que para alguém a uns degraus acima do seu nível intelectual, é difícil compreender”.  Vou  pois, pacientemente, tentar que apesar da dificuldade assumida, pelo “Assis”, me consigo fazer entender.
Os taurinos, são os primeiros a não gostar de causar sofrimento ao toiro. Prova disso é que ao longo dos anos, têm procurado sempre minimizá-lo. Limitou-se o número de varas a que o toiro é sujeito. Nestas pôs-se um travão que não deixa a “puya”, a ponta da vara que penetra do corpo do toiro, entrar mais que o necessário. As “puyas” têm igualmente uma dimensão estudada de molde a não sacrificar o toiro mais que o indispensável. O tércio de bandarilhas igualmente foi estudado com o mesmo objetivo – castigar o menos possível o toiro. O número de pares a colocar está limitado. O comprimento das bandarilhas foi calculado de molde a magoar o menos possível o toiro. Quer dizer, os primeiros a preocuparem-se com o sofrimento causado aos toiros, foram aqueles a quem os “Assis”, os “contra”, insultam e provocam, procurando com isso, conseguir dar nas vistas. Que lhes deem a razão que sabem não ter.
Não! Os  taurinos, os aficionados, os tais que numa tentativa de os descredibilizar e achincalhar, chamam “tauricidas”, não é com o sofrimento do toiro que se deleitam. Pelo que acima escrevi, espero que os que dizem, “talvez” pretensiosamente (o benefício da dúvida), no email que me enviaram estar “alguns degraus acima do meu nível intelectual” , compreendam. O sofrimento causado ao toiro é limitado ao máximo pelos próprios taurinos. Se não fosse um mal necessário para que o encontro do homem com o toiro tenha a beleza estética e a emoção que tem, seriam os primeiros a prescindir dele.
Os que não gostam de touradas…estão no seu direito. O tempo de sermos obrigados a pensar todos para o mesmo lado é que já era. Acabou em 1974.  Pretender tirar, pela arruaça, pela agressividade, pelo vandalismo, pelo insulto, com falsos pretextos, a liberdade de gostarmos do que quisermos, faz-me pensar em saudosistas do passado, com dificuldade a se adaptarem ao tempo presente. À Democracia que, diz o dicionário e repito pois parece que os “Assis” não sabem ou esqueceram: “É uma sociedade que  GARANTE  A LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO E DE EXPRESSÃO E NA QUAL NÃO EXISTEM DISTINÇÕES, OU PRIVILÉGIOS DE CLASSE HERIDITÁRIOS OU ARBITRÁRIOS”.
Era bom que os burguesinhos que a falácia do sofrimento dos toiros, convence a tomar parte nas ululantes manifestações anti taurinas lessem isto. Carlos Patrício Álvares (Chaubet)