Ainda bem que a praça esgotou!
A última de abono no Campo Pequeno recebeu um conjunto de deputados (tipo Troika) para ver e analisar estas coisas das tradições e dos costumes, já que a festa está em risco de ser banida no nosso país, segundo revelou a Prótoiro.
Ainda bem que viram que o povo gosta de toiros e vai aos toiros mesmo em tempo de crise.
Penso que a "Troika parlamentar" abandonou a monumental de Lisboa com boa impressão. Vamos ver...
Quanto à corrida: Dois toiros bons (primeiro e último), uma boa actuação de João Moura, um Joaquim Bastinhas esforçado, um Rui Salvador guerreiro, um João Salgueiro sem matéria para trabalhar, um Vítor Ribeiro em bom plano (pecou só no final ao meter-se com o inteligente, pois tinha toda a razão, mas daí a meter ferro ao manda-chuva do festejo ainda vai uma grande distância) e um Francisco Palha que assinou bons e maus momentos, mas a chegar ao público e isso é o que mais interessa em Lisboa.
Os toiros de Pinto Barreiros triunfaram em Montemor e desiludiram em Lisboa. Tirando o primeiro e último, como já referi, os restantes saíram mansos e reservados e a complicar a vida aos artistas.
As pegas foram de oiro. Principalmente a do João Cabral (Montemor) e a pega recheada de classe de Nuno Marques pelos amadores da Chamusca.
Um olé em especial para o bandarilheiro João José que se despediu. A festa fica mais pobre e a classe dos bandarilheiros também. Um adeus emocionado e sentido de uma grande figura da festa.
O outro olé vai para o bonito brinde do João Caldeira aos "deputados da troika taurina" que foram ver como é que vão ou não, ajudar a festa a sobreviver aos ataques dos gajos das alfaces...
Por último, parabéns à empresa pela exelente temporada que montou para aquela e outras praças que gere. Rui Bento continua a ser o homem certo no lugar certo.
Foto:D.R.