João Cortesão e Solange Pinto, meus amigos, meus colegas, meus companheiros:
Lamento imenso as vossas guerras que, quanto a mim, não têm nexo. Ontem (terça feira) publiquei as vossas acusações, publiquei todo o vosso “ódio” e estou arrependido.
Uma guerra é uma coisa estúpida e essa coisa que vocês têm um pelo outro, tal como todas as outras guerras é uma grande estupidez.
O “tio” Miguel Alvarenga já puxou as orelhas aos meninos, mas eu, como não tenho estatuto, nem gabarito para tal, simplesmente lamento.
Não havia necessidade. Gosto demasiado dos dois para ver essas acusações na praça pública.
Partilhei momentos únicos convosco no Farpas e que em nada têm a ver com essas atitudes.
A nossa doutrina e a nossa escola não é essa… Tal como num grupo de forcados, apreendemos ali no Farpas a arte da irreverência, da frontalidade, da liberdade, da união. Não aprendemos a “cuspir” uns nos outros.
Lamento, sinceramente…
Nós, todos juntos, já travámos batalhas contra posições estúpidas de associações, nós, todos juntos, travámos pseudo-guerras com variadíssimas entidades, estivemos sempre do mesmo lado da trincheira. De consciência tranquila e unidos, sempre unidos.
Não compreendo esse fogo cruzado.
Como se diz aqui no meu Alentejo “Organizem-se”!
Não vou participar no almoço que o Miguel quer fazer convosco porque sei que o repasto não se vai realizar, mas apenas gostaria que guardassem um do outro os momentos bons que viveram no Farpas, no antigo Farpas…
Lamento.
Lamento ver uma menina brigar pela sua boneca de trapos e um menino de calções, todo lixado porque perdeu um berlinde.
Eu sei que não foi isto que se passou, mas é assim que eu imagino a vossa figura quando leio as vossas acusações.
Porra, Solange e Cortesão…então…?
Não esperava isto de vocês…Sou vosso amigo, gosto de partilhar bons momentos convosco e agora vejo isto?
Já chega!
Sejam amiguinhos, pois a vida são dois dias.
(Um beijo para a Sol e um abraço para o Cortesão)