O Bloco de Esquerda “voltou a levar nas orelhas”.
Perguntaram e levaram o troco:
No mês passado, a deputada Helena Pinto do BE questionou a ministra Assunção Cristas (na foto ao lado
com Hugo Teixeira) sobre "os fins a que se destinam os apoios estatais
concedidos a criadores de bovinos para fins tauromáquicos" e "se o
Ministério considera rever a sua política de apoios públicos à tourada,
nomeadamente no que se refere à criação de touros".
A resposta do Governo surgiu esta semana, com o gabinete da
ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território a
afirmar que "não existem apoios públicos para fins tauromáquicos",
mas sim "regimes de apoio direto ao setor animal, nomeadamente o prémio
por vaca em aleitamento e o pagamento complementar à manutenção de raças
autóctones, bem como uma medida de apoio aos produtores pecuários de raças
autóctones".
Segundo o Ministério, para além do "Prémio por vaca em
aleitamento", o Governo concede o "Prémio complementar à manutenção
de raças autóctones" que "é atribuído às fêmeas de raças autóctones -
Alentejana, Mertolenga e Brava de Lide, que a 1 de junho sejam exploradas em
linha pura, estejam inscritas no Livro de Adultos como reprodutoras da raça,
tenham parido nos 18 meses anteriores, e cujo parto seja uma cria inscrita no
Livro Genealógico". Além destas duas modalidades, os criadores podem
também concorrer à "Medida de apoio aos produtores pecuários de raças
autóctones ameaçadas de extinção", que incluem as restantes raças bovinas,
como a "Algarvia, Arouquesa, Barrosã, Cachena, Garvonesa/Chamusca,
Jarmelista, Marinhoa, Maronesa, Minhota, Mirandesa e Preta".
"Não existe qualquer apoio que seja atribuído especificamente
aos touros de lide, dado que, por um lado, os animais machos não usufruem de
qualquer apoio direto e, por outro lado, a raça brava de lide não recebe
qualquer apoio que a diferencie das outras raças autóctones", conclui a
resposta do Governo ao requerimento apresentado pelo Bloco de Esquerda.
Fonte Esquerda.net