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sábado, 26 de abril de 2014

Sobral: Em dia de Liberdade, a juventude quis afirmar-se (C/Fotos).

 Nuno Casquinha
 Manuel Dias Gomes
 Joaquim Ribeiro "Cuqui"
 Diogo Peseiro
 Luís Rouxinol Jr.
 Jacobo Botero
Forcados de Coruche


Texto e fotos: Marco Gomez

Parabéns a Tertúlia Tauromáquica do Sobral, pela louvável iniciativa de levar por diante um Festival de juventude, com qualidade de reses, o que levou a que muitos aficionados marcaram presença no simpático tauródromo da Extremadura.
Na parte da lide a cavalo, destaque para o jovem Luís Rouxinol Júnior, que em data de aniversário do seu apoderado, Francisco Penedo, brindou-o, bem como a todos os presentes, com uma lide de qualidade, sentido e entrega. O “São Marcos” pediu contas, mas com o traquejo que o jovem já adquiriu pode com qualquer tipo de astado.
Aí esta um Rouxinol com uma “linha de voo” bastante alta e a fazer toda a diferença nos do seu escalafon.
A vontade em se afirmar, não foi suficiente para Jacobo Botero se poder dar por satisfeito com a sua actuação, recebeu com a garrocha, dobrou-se com o bruto, mas depois quando tudo fazia prever uma boa actuação, esta foi a menos, e apenas ficaram registos de um jovem que sabe, pode e quer fazer mais e melhor. O bruto saiu complicado, mas são estes que fazem por vezes a diferença entre os da classe…
O Jacobo, mostrou respeito pelo público, ao limitar-se a agradecer, retirando-se depois.
O Pedro Raposo e Diogo Boieiro pelos amadores de Coruche pegaram ao segundo intento.
Ao matador Nuno Casquinha, o de Falé Filipe, saiu brusco de investida, mas a determinação do toureiro foi mais do que suficiente para o vencer e agradar ao conclave. Pelo lado esquerdo esteve com arte, e em naturais largos, mandões e com expressão mostrou porque deve ter mais oportunidades.
Com estética de toureiro, recebeu em lances a verónica o novilheiro Manuel Dias Gomes, fino de estética, com pormenores de emoção e pinceladas de arte, este jovem toureiro poderá vir a afirmar-se não entre os tremendistas, mas entre aqueles que na arena doirada desenham “quadros” artísticos de invulgar beleza.
Num “ballet” entre a vida e a morte este jovem utiliza a flanela com invulgar saber, fazendo dele um dos eleitos na arte de lidar. Tendas ligadas, mostrando-se e tendo postura toureira é assim que se apresenta o futuro matador de toiros Português.
Joaquim Ribeiro, o melhor “Cuqui”, teve por diante o menos colaborante dos que viajaram do Alentejo. Mostrou esforço, dedicação, engenho, pundonor q.b., mas o tal clique que faz a diferença não surgiu-o. Garboso no percal, recebendo inclusive de “rodillas al suelo”, vistoso e fácil nas bandarilhas, com passes interessantes na muleta, em breve voltaremos a ver o jovem toureiro?
Com invulgar facilidade de se recortar na cara do novilho após a cravagem das bandarilhas, que domina com bastante facilidade, elegante no primeiro tercio e dedicado, esforçado, artista e com “pinta” toureira, o jovem Diogo Peseiro, vem para ficar e fica mesmo na retina dos aficionados. Na flanela aproveitou a nobreza do novilho, para mostrar que toureia por ambos os lados, com saber da arte de montes.
Prestou provas de bandarilheiro o Gonçalo Avila Toste, e no campo dos de prata destaque para “Belmonte” e Pedro Gonçalves e nas bandarilhas Rodolfo Branquinha e  Cláudio Miguel.