A tradicional corrida de São Pedro, em Évora, registou casa cheia
e resultou em pleno para os toureiros em praça, graças ao grande jogo que os
toiros de Pinto Barreiros
proporcionaram.
Um grande curro de toiros que teve a sorte de encontrar pela
frente bons toureiros e forcados maduros e coesos.
Rui Fernandes
abriu praça e “partiu a loiça” com uma actuação à antiga, à moda de Rui
Fernandes, daquelas de parar os corações.
Com cites de largo, a atacar o oponente até mais não ou a
aguentar as investidas, Fernandes fez as pessoas saltarem dos seus lugares de
forma efusiva. Grande actuação.
No seu segundo as coisas resultaram um pouco diferentes,
desenvolvendo uma lide de menos a mais, terminando a sua passagem pela cidade
Museu com um grande par de bandarilhas.
Vítor Ribeiro
pautou a sua passagem por uma primeira actuação regular, com vários pormenores
de interesse e a mexer no oponente.
No segundo do seu lote a coisa subiu de tom e para a
história fica um ferro de palmo recheado de arte e valentia. Público entregue
perante tal obra de arte!
Ribeiro está de volta!
João Telles Jr.
anda numa fase que não pára. Êxitos atrás de êxitos, actuações limpas e redondas
com um público entregue à sua espectacularidade.
Bons compridos, boa brega, ferros bem desenhados e um
violino a fechar a noite, marcaram a passagem do jovem da Torrinha por Évora.
Jacobo Botero,
cavaleiro praticante, também estava inserido neste cartel e bem!
O toureiro colombiano, radicado em Portugal em casa de Rui
Fernandes, esteve imponente na lide do único toiro de Pinto Barreiros que lhe
calhou em sorte. Bons
ferros curtos, um violino vistoso e um palmo de raça marcaram a sua passagem
por Évora.
No capítulo da forcadagem foi bonito ver os Amadores de Évora assinalar os seus 50 anos com elementos antigos e atuais em
praça.
Seis pegas à primeira e uma à terceira, mostram bem o êxito
que estes homens conquistaram numa noite de emoções.
Foram solistas: Pedro
Barradas, Francisco Garcia, Manuel Rovisco Pais, Gonçalo Pires, Armando
Raimundo, Ricardo Casas Novas e o cabo António Alfacinha.
No decorrer do intervalo foi descerrada uma lápide no pátio
de quadrilhas para perpetuar esta importante data do grupo de Évora e a empresa
arrendatária da praça, a “Campo e Praça”
homenageou o grupo na arena com a entrega de uma lembrança.
A corrida foi de tal forma agradável, que no final,
cavaleiros, forcados e ganadero, agradeceram nos centro da arena.
Dirigiu Agostinho
Borges este festejo com a competência que lhe é reconhecida.
Fotos:Diário Taurino