António Telles
João Salgueiro
Rui Fernandes
Moura Jr
Marcos Tenório
João Maria Branco
Toiros a menos para
toureiros a mais. Esta é a primeira grande conclusão a tirar do festival
taurino que ocorreu esta tarde na castiça praça de toiros de Vila Viçosa.
Perante uma boa entrada de público (cerca ¾) e com muito calor à mistura, a tarde arrancou com a
passagem pela arena da imagem de Nossa
Senhora da Conceição, num acto que serviu para abençoar a festa e os
toureiros em
particular. Um momento bonito e para recordar.
Muitos taurinos nas bancadas e na trincheira (ao barrote!), muita expectativa (confesso que esperava também mais aficionados
nas bancadas) e uma ilusão enorme para um cartel de primeira, com três
consagrados e outros tantos a caminho (passos
largos) desse “poleiro”.
António Telles
abriu praça e lidou um toiro escorrido de carnes e com 5 anos de José Luís Cochicho,
um observador de bancadas, pouco interessado na montada e com algum génio à
mistura, tendo o cavaleiro da Torrinha demonstrado valor e esforço para lhe dar
a volta.
Seguiu-se João
Salgueiro com uma boa prestação perante um voluntarioso (bravote) e bem apresentado
exemplar de Pinto Barreiros.
Esteve bem na lide, principalmente nos compridos o cavaleiro
de Valada, tendo também deixado dois curtos (os últimos) de valor.
Rui Fernandes
fechou a primeira parte perante um novilho de Torre de Onofre, de João
Augusto Moura.
Esforço, dedicação e entrega marcaram a atuação perante um
novilho pouco colaborante e que pedia tábuas. Fez das tripas coração para “tapar”
o comportamento do astado e para deixar o seu nome em alta. Conseguiu!
A segunda parte abriu com um exelente exemplar de Francisco Romão Tenório para uma grande
atuação de João Moura Jr. A mais
consistente e ajustada da tarde!
A pisar terrenos de compromisso, o de Monforte bregou com
classe e entusiasmou o conclave pelo mérito como “brigou” para que o astado não
ficasse em tábuas.
Seguiu-se Marcos
Tenório “Bastinhas Jr”.
O de Elvas lidou um “mal visto” de Luís Rocha. Bons ferros de praça a praça e um par de bandarilhas
por dentro a fechar uma lide alegre e desembaraçada, bem ao estilo daquela casa
taurina.
A tarde encerrou com João
Maria Branco que foi à porta gaiola receber o astado de Murteira Grave munido de uma jaqueta,
como se estivesse a usar, por exemplo, uma vara e “agarrou” o público pela
forma como se dobrou nos médios com o sério oponente.
O toiro depressa acabou e João Maria teve que andar na
maioria das vezes por tábuas para deixar a ferragem. Lide esforçada e com uma
mensagem: “estou aqui para a guerra”!
No capítulo das pegas a tarde foi tranquila.
Pelos Amadores de São
Manços foram solistas João Fortunato (à primeira) e Paulo Carrilho (à
segunda).
António Machado e Afonso Martins, ambos à segunda, foram os
forcados de cara dos Académicos de Elvas.
Pelos forcados de Monsaraz
pegaram Paulo Carrilho (à primeira) e Rui Rodrigues à primeira, depois de
dobrar André Mendes que fez duas tentativas.
Dirigiu Agostinho
Borges.
Por último, mas sempre os primeiros: Um enorme OLÉ para a Augusta Serrano e para o Hugo
Calado, pelo excelente cartel que reuniram para mais um prestigiado festival
da Rádio Campanário. Estão de
parabéns pela dedicação e empenho que colocaram na organização.
AS IMAGENS DOS FORCADOS
Amadores de São Manços
Académicos de Elvas
Amadores de Monsaraz
Texto e Fotos: Redacção/Diário Taurino