Praça cheia!
Um bom momento do cavaleiro português
João e Paulo Caetano. Respetivamente, avô e pai do jovem toureiro de Monforte
Após o festejo, com a sua quadrilha. Momento de saborear o triunfo
Com a sua namorada após mais um êxito em Espanha
Em 12 de dezembro de
1918, passou pelo tauródromo de Hervás o génio que foi Armillita, volvidos
estes anos todos, outro génio na arte de lidar a cavalo voltou ao mesmo local:
João Moura Caetano.
O que por lá se passou
este sábado, num local situado na magnífica serra de Béjar (estancia turística
de elevada importância em Espanha), foi uma apologia da forma de tourear a
cavalo. Pena é que o presidente, mais preocupado em acenar ao público, prestasse
pouca atenção ao que se passou dentro do ruedo, especialmente no segundo
hastado. Este senhor, certamente nunca leu Gregório Corrochano, “ Que és
tourear?”, e muito menos os livros “Toureio a cavalo” do Dr. Fernando Sommer
d`Andrande, porque se tal acontece-se não cometeria a “ilegalidade” de apenas
ter premiado Caetano com uma orelha no que encerrou praça.
No seu primeiro,
hastado difícil e muito perigoso, que sacudia a água da aba da casaca do luso,
foi necessário entrega para o levar de vencido com uma lide de inteligência e
poderio, onde acabou justamente por cortar as duas orelhas.
No que fechou praça,
com mau tipo, mas com suavidade, o de San Mateo, levou para dentro uma orelha e
rabo a mais, pois a lide ministrada pelo Caetano foi de antologia, tanto com o
Temperamento, mas sobretudo com o Belmonte, em pormenores de brega de interesse
invejável. No final, bronca ao presidente e troca de palavras acesas com alguns
aficionados, por ter “roubado” os trofeus máximos a Caetano.
Ruben Sanchez, no seu
estilo de rejoneo, foi ofertado com quatro orelhas, nesta campanha de “rebajas”
que pelos lados de Hervás deve ser de orelhas de toiros.
Marco António Gomes