Francisco Cortes esteve em grande. Oportunidades precisam-se!
João Moura Caetano rubricou as duas mais redondas actuações da tarde. Grande quadra, grande toureiro!
João Augusto Moura passou algo discreto no capote (novilho saia solto), brilhando na muleta, principalmente pela esquerda.Olé!
Em Monforte o calor
abrasador que se fez sentir este domingo deu ânimo e inspiração aos
intervenientes que foram desta forma profetas na sua terra.
Tarde de triunfos
para João Moura, Francisco Cortes (não é da terra mas é como se fosse, pois
Estremoz é ali ao lado) João Moura Caetano e o novilheiro João Augusto Moura,
que proporcionaram aos espetadores uma boa tarde de toiros, graças também à
colaboração dos astados de Lopes Branco e do novilho (sério) de Torre de
Onofre.
O aniversário dos
forcados de Monforte, que pegaram em solitário o festejo, foi assim brindado
com esta “prendinha” agradável, tendo o público (sem medo dos cerca de 40
graus) preenchido cerca de ¾ da lotação da praça João Moura Pai.
João Moura esteve
mais uma vez bem, como só ele sabe estar. Gostámos principalmente da segunda
lide, com recortes de belo efeito e ferros ajustados. Os palmitos também
marcaram presença nas suas atuações. A eleição de terrenos e a brega, foram
outros dos seus trunfos.
Francisco Cortes
está num momento interessante. Em Monforte esteve sério e a pisar terrenos de
compromisso no primeiro do seu lote, para depois, no segundo, desenvolver uma
lide “à antiga”. Merece mais oportunidades, fica bem em qualquer cartel de
interesse, pois trás consigo alegria e irreverência, ingredientes que fazem
falta à festa.
João Moura Caetano
é outro dos toureiros que não conseguimos perceber porque toureia tão pouco em
Portugal. Sacou a sua cavalaria mágica (Belmonte, Temperamento, Xispa, Aramis e
Zidane, entre outros) e também triunfou, conseguindo belos momentos de toureio.
Ferros
ajustadíssimos, muito temple e dois compridos de grande nota, dando a primazia
da investida, marcam a passagem do cavaleiro na sua terra. Duas atuações
consistentes e de grandes pormenores.
No que diz respeito
ao toureio apeado, marcou presença o novilheiro local João Augusto Moura que
lidou um astado (lindo) da sua divisa, Torre de Onofre.
De capote esteve
bem por verónicas, embora o novilho saísse solto, e na muleta sobressaem os
naturais profundos.
Está num grande
momento o toureiro que para o final recriou-se perante o oponente.
Barquinha e
Oliveira bandarilharam com decisão o novilho Torre de Onofre.
No capítulo das
pegas foram solistas Nuno Toureiro, André Xarepe e Nuno Peixoto à primeira, Rui
Russo foi dobrado após duas tentativas por João Diogo que consumou ao seu
segundo intento, Luís Aranha à segunda e também Vítor Carreira à segunda
tentativa fecharam a tarde. Grupo mostrou coesão na maioria das ocasiões,
havendo muito sangue novo na formação para lhe dar vitalidade.
O festejo foi
superiormente dirigido por Rogério Joia, assessorado por José Guerra. Foi
clarim Nuno Narciso que arrancou também grandes ovações.