Em Alter do Chão
a noite de Sábado foi dos forcados da terra e de Filipe Gonçalves.
Vamos por partes: A noite era de “adeus” ao valente cernelheiro e
cabo dos Amadores de Alter do Chão, João
José Saramago.
Uma despedida em beleza, com uma valente cernelha ao segundo
toiro da noite (todos Charrua), sendo rabejador o novo cabo, Elias Santos. Em
grande a cernelha e a emotiva despedida de um rapaz que tudo deu ao grupo, sempre discreto, mas valente como as armas!
Abriu praça para o grupo Diogo Bilé que esteve enorme, seguiu-se a cernelha e para o
terceiro da noite foi para a cara o novo cabo Elias Santos, que vinha, como já mencionámos, de uma grande
cernelha na despedida do “velho” cabo.
As pegas continuaram a efectuar-se à primeira. Seguiu-se Nuno Basso que pegou sem dificuldades,
a recuar bem na cara do oponente e depois, seguiram-se as duas “rolhas” da
noite.
Jorge Nagdy ao
segundo intento, após acreditar e com um valente par de braços, fechando a
noite noutra grande e emotiva pega António
Adegas.
Êxito para os
forcados numa noite para recordar.
Quanto aos cavaleiros, Rui
Salvador andou esforçado no primeiro, um andarilho que não se fixava e fez
aquilo que podia perante o toiro. Registamos dois curtos de grande entrega, com
o selo e a raça da casa.
No segundo, outro coirão, Salvador andou sem grandes
alardes, cravou a ferragem da ordem e no final não deu volta.
Filipe Gonçalves
andou em bom plano no primeiro, mas foi no segundo que fez, talvez, a actuação
mais séria da sua vida. Acreditem!
Um toiro que não humilhava, sério e que pedia importância,
teve por diante um toureiro de verdade e encastado. O par de bandarilhas é, com
toda a certeza o seu melhor par de sempre (eu, pelo menos, vi muito poucos
assim). Valente e decidido, Filipe sagrou-se no máximo triunfador da noite.
António Maria Brito
Paes voltou a estar correcto e limpo em Alter. Duas actuações
pautadas pela entrega, pela eleição dos terrenos e sortes ajustadas.
Andou em plano de toureiro e o público sentiu a sua entrega.
Dirigiu Lourenço
Lúzio, foi cornetim Nuno Narciso,
nesta noite em que os Charruas saíram
à praça, tendo ficado a bravura no campo.
Perante cerca de ¾ de
casa, a autarquia local, através do presidente Joviano Victorino associou-se à festa de homenagem e despedida do
Cabo Saramago, bem como a banda local que interpretou, pela primeira vez um
pasodoble dedicado aos forcados da terra.
Um abraço também para Jorge
de Carvalho (JC Toiros) pelo magnifico trabalho desenvolvido naquela praça.
Voltamos a Alter dia 22
de Setembro para a “encerrona” do matador de toiros Sérgio dos Santos “Parrita”.
Fotos:Diário Taurino