Talvez pareça mal a alguém a minha presença tão assídua na net. Mas não resisti. Incitou-me também, o estar permanentemente a ser, como taurino que sou, insultado e amesquinhado por uma série de gaiatos. Embora não consigam mais que impacientar-me, sempre lhes vou dando certa atenção.
AOS "QUIXOTES", AUTO DENOMINADOS ANTI-TAURINOS
Estava desiludido e descrente da nova geração. Acabara de ver na net a agressividade, exagero e empenhamento com que, por não ter capacidade para fazer parte dele, teima em impor o fim do espetáculo tauromáquico. A camuflar este sentimento de inveja, e frustração por não conseguir fazer parte dele, um sentimento nobre - o sofrimento do toiro. Ao qual, manhosamente, dão uma dimensão empolada para mais impressionar.
Mas no noticiário das 20horas da RTP, do dia 16 de outubro, verifiquei, com satisfação, haver jovens REALMENTE bem formados, capazes de abraçarem COM SINCERIDADE causas humanitárias. De se levantarem às seis da manhã para irem ajudar e dar um pouco de conchego a idosos acamados. De lhes dar um pouco de carinho, calor humano, atenção. Tudo sem fazer alarde do seu gesto. Sem procurarem mediatismo. E é até pena que não o procurem.
Talvez os "Quixote" tomassem consciência de que antes do discutível sofrimento dos toiros, está o de seres humanos. Passassem a utilizar o tempo, a energia, acuidade e,imaginação que usam para combater as touradas, a favor deles. Não haveria parangonas nos jornais, nem poderiam fazer barulho e insultar fosse quem fosse. É verdade. Mas, chegados à idade adulta, olhariam com orgulho para o que haviam feito quando jovens. O que duvido que irá suceder ao recordarem as iniciativas quixotescas que hoje tomam contra as touradas.
Carlos Patrício Álvares (Chaubet)
Foto:D.R.