COMUNICADO:
Relativamente a um texto injurioso e provocatório do
autor Duarte Palha em exibição no site diariotaurino.blogspot.com, vem a ATCT contestar
as críticas apontadas ao apelo ao boicote ao espetáculo do humorista Bruno
Nogueira, críticas essas que consideramos injustificadas:
1- No primeiro parágrafo do texto supracitado vem
referido o apelo ao boicote como uma atitude levada a cabo por pessoas que “de
grande só têem o ego”, o que não é verdade. A iniciativa de mostrar
publicamente o desagrado perante a organização de um espetáculo no qual
actuaria um artista que pretende proibir as Corridas de Toiros e demais
expressões culturais tauromáquicas, e que recorrentemente ridiculariza a
Tauromaquia nos seus espetáculos, numa Praça de Toiros, surgiu de vários
e-mails enviados por sócios da Associação, que pediram que se debatesse a
proposta de publicamente repudiar a atitude da empresa que tencionava organizar
o espetáculo, e apelar a que os demais simpatizantes da ATCT e aficionados no
geral mostrassem igualmente o seu repúdio. Foi marcada uma reunião da direcção,
onde a proposta foi sujeita a votação e a maioria votou a favor do apelo ao
boicote proposto pelos sócios. Concluindo, não se tratou de um capricho de
pessoas que “de grande só têm o ego” mas sim de uma tomada de posição defendida
pela maioria dos sócios, e caso o autor do texto não saiba, numa associação a
vontade da maioria dos sócios que a constituem tem que ser respeitada.
2- Quanto ás críticas apontadas no segundo parágrafo
de “falta de cultura, intolerância e falta de coerência e elevação - além de
uma gritante estupidez”, gostaríamos de chamar a atenção do autor para a sua
falta de cultura, intolerância e falta de coerência e elevação - além de uma
gritante estupidez presentes no texto em causa .
2.1- Falta de cultura por não saber distinguir um
sketch fictício de uma rúbrica de opinião, ao afirmar que um sketch em que a
Maria Rueff representa um taxista benfiquista chamado Zé Manel, e uma rúbrica
de opinião radiofónica em que o autor manifesta a sua opinião, que pese embora
o faça de forma jocosa não deixa de ser a sua opinião, e que no caso do Bruno
Nogueira é uma opinião discriminatória e provocatória, são a mesma coisa. A
falta de cultura do autor neste aspecto é gritante porque nem consegue
distinguir o que é real e o que é ficção.
2.2- Intolerância manifestada pelo autor que, sem se
informar, decide insultar publicamente a ATCT, única e exclusivamente por ter
uma opinião contrária á sua quanto á realização do espetáculo. Uma vez mais a
sua profunda falta de cultura leva-o a confundir o apelo á criminalização da
Tauromaquia e á repressão penal dos seus profissionais e simpatizantes, e a
pressão exercida sobre autarcas para, extravasando as competências do poder
local, proibirem a realização de Corridas de Toiros, com a tomada de posição da
ATCT de publicamente mostrar o seu desagrado perante a referida iniciativa e o
apelo a que demais aficionados façam o mesmo.
Considerando o autor que se tratam de situações idênticas vem a ATCT de forma pedagógica mostrar a grande diferença, que é óbvia para a esmagadora maioria das pessoas mas que o autor inexplicavelmente não percebe. A ATCT não pretendia impor a sua opinião a terceiros pela via legislativa ciminalizando condutas com as quais não concorda nem sancionar judicialmente os mesmos; ninguém impediu os promotores ou o artista de realizar o espetáculo, expressámos a nossa opinião e apelámos a que quem partilhasse da mesma opinião fizesse o mesmo, o promotor optou por não organizar o referido espetáculo e só tem que assumir a responsabilidade pela sua opção, com a qual concordamos; estas duas realidades ( proibição por via legislativa e consequente repressão penal, e liberdade de expressão), ao contrário do que o autor pensa, não são a mesma coisa. Quanto ao facto de do autor optar por insultar a direcção e os sócios da ATCT por não concordar com o apelo ao boicote, julgo que não necessitamos de explicar o porquê de considerarmos pura intolerância; estamos certos que até o autor percebe isso.
Considerando o autor que se tratam de situações idênticas vem a ATCT de forma pedagógica mostrar a grande diferença, que é óbvia para a esmagadora maioria das pessoas mas que o autor inexplicavelmente não percebe. A ATCT não pretendia impor a sua opinião a terceiros pela via legislativa ciminalizando condutas com as quais não concorda nem sancionar judicialmente os mesmos; ninguém impediu os promotores ou o artista de realizar o espetáculo, expressámos a nossa opinião e apelámos a que quem partilhasse da mesma opinião fizesse o mesmo, o promotor optou por não organizar o referido espetáculo e só tem que assumir a responsabilidade pela sua opção, com a qual concordamos; estas duas realidades ( proibição por via legislativa e consequente repressão penal, e liberdade de expressão), ao contrário do que o autor pensa, não são a mesma coisa. Quanto ao facto de do autor optar por insultar a direcção e os sócios da ATCT por não concordar com o apelo ao boicote, julgo que não necessitamos de explicar o porquê de considerarmos pura intolerância; estamos certos que até o autor percebe isso.
2.3- Falta de coerência por considerar que o artista
em causa tem o Direito de expressar de forma provocatória a sua opinião
estereotipada e discriminatória em relação aos aficionados num recinto
destinado á tauromaquia, mas que pelo contrário, a ATCT não tem o Direito de
expressar de forma educada na sua página a sua opinião relativa á realização do
referido espetáculo, e apelar ao boicote ao mesmo.
2.4-Falta de elevação pelo facto de insultar os sócios
da ATCT por não concordar com a tomada de posição da Associação, recorrendo a
comparações ridículas, e mostrando uma injustificada falta de educação;
lamentamos profundamente a sua completa falta de civismo e urbanidade e
aconselhamo-lo vivamente a frequentar um workshop da Paula Bobone.
2.5- Quanto a estupidez não consideramos necessário
justificar, o texto do referido autor fala por si.
2.6- Quanto a liberdade de escolha, a ATCT não coartou
a liberdade de escolha de ninguém, os promotores do espetáculo e o artista é
que tomaram a decisão de cancelar, o que, uma vez mais não é comparável com o
apelo a que quem tenciona realizar Corridas de Toiros seja proibido por lei de
o fazer. A tomada de posição da ATCT não foi contra o espetáculo em si mas
contra o facto de se realizar numa Praça de Toiros, a ATCT não tenciona proibir
que se realizem espetáculos em que os artistas mostrem uma opinião contrária á
Tauromaquia, ao contrário das Associações antitaurinas que pretendem proibir a
realização de Corridas de Toiros, e a ATCT não tenciona que quem organiza os
referidos espetáculos seja tratado como um criminoso como apelam as associações
antitaurinas; uma vez mais tratam-se de situações absolutamente distintas que o
autor do texto inexplicavelmente confunde.
2.7- Quanto a necessidade de protagonismo aproveitamos
para salientar o facto de que foi o autor do texto que decidiu vir “dar lições
de moral” aos sócios da ATCT de forma arrogante, mal-educada e munido de um
inexplicável complexo de superioridade, apresentando a sua opinião como se se
tratasse de uma verdade absoluta. Uma vez mais salientamos que uma tomada de
posição expressada de forma educada e deliberada democraticamente numa
associação, é algo de completamente diferente de um texto insultuoso redigido
por um particular que apresenta as suas opiniões como se se tratassem de
inquestionáveis verdades ditadas por alguém superiormente entendido.
2.8- Relativamente a pequenez lamentamos que considere
o associativismo como algo de somenos importância, visto que se trata não só de
uma forma de expressar as opiniões e levar a cabo iniciativas do interesse de
um colectivo de pessoas que pretendem agir de forma coordenada e sem procurar o
protagonismo individual dos particulares que constituem uma associação, como se
trata de uma indispensável dimensão de um Estado Democrático de Direito,
considerando provavelmente o autor que grandiosidade é o oposto, a acção
descoordenada de particulares em que cada um se considera o dono da razão e
ostraciza os demais.
3- No quinto parágrafo o autor afirma que a ATCT se
manifestou contra o humorista Bruno Nogueira por dar a sua opinião, o que vimos
clarificar que não é verdade. A tomada de posição da ATCT não é relativa ás
convicções do humorista mas sim á realização do espetáculo numa Praça de
Toiros, sendo ele antitaurino e ridicularizando a Tauromaquia nas suas rúbricas
de opinião. Lamentamos que o autor do texto não compreenda a diferença, o que o
leva a presumir que se trata de uma posição extremista, o que não é verdade.
A Direcção da ATCT.