27 anti taurinos
a protestar contra a corrida de toiros e no interior da praça das Caldas da Rainha a moldura era de casa cheia…
Este é o começo de uma crónica de uma tarde (15 de Agosto de
2012) entretida de toiros naquele magnifico tauródromo.
António Telles
rubricou duas grandes actuações. O Maestro da Torrinha, com o melhor lote
dos toiros enviados pelo Engº Inácio Ramos, esteve soberbo.
Clássico, praticando um toureio frontal, manejando os
oponentes, António deixou ferros de belo efeito, ao estribo, para grande
satisfação do público.
Rui Fernandes só
conseguiu brilhar no seu primeiro, pois o segundo do seu lote foi o pior da
corrida. Parado, sem transmitir e ordinário.
Mesmo assim, no final da segunda lide, o público exigiu a
presença de Rui para lhe conceder uma forte ovação pelo seu labor.
No seu primeiro tudo
foi diferente. Imprimiu uma boa brega, mexeu no toiro, entrou em terrenos
de compromisso e arrancou grandes ovações.
Com uma quadra afinada, Fernandes
esteve em grande plano.
A tarde era de cavaleiros e matadores e, perante essa
situação, esteve também em praça o matador Luís
Vital “Procuna”.
Variado e vistoso de
capote, poderoso e dominador na cravagem dos pares de bandarilhas, Procuna
assinou bons momentos com a muleta.
No seu primeiro, o toiro de Inácio Ramos poderia ter dado
mais, caso não tivesse sido “severamente castigado” com capotazos durante o
tércio de bandarilhas.
Com uma qualidade muito acima da média, o matador “nem
queria acreditar” no toiro de oiro que tinha pela frente.
Deu-lhe bons muletazos, mostrou-se por naturais e arrancou
alguns bons passes de peito, pena que as tandas não tenham sido mais ligadas.
No seu segundo voltou a estar bem perante um toiro mais
mansote e sem o mesmo som, mas deixou
escrito que em Portugal as corridas mistas têm qualidade e podem ter futuro.
Quanto aos seis exemplares da Ganadaria de Inácio Ramos, gostaríamos de frisar que gostámos dos três primeiros, nota média
para o quarto (toiro que pedia importância), detestámos o quinto (segundo de
Fernandes) e passamos com 11 valores o último da corrida.
No geral saíram muito bem apresentados, alguns com bravura
qb, mas escassos de força.
No capítulo das pegas, o Grupo de Santarém esteve extraordinário, com duas pegas à primeira
através do cabo Diogo Sepúlveda e João
Brito “Pauleta”. Grandes primeiras do Nelson
Ramalho.
Pelo grupo das Caldas
da Rainha foram solistas Mário
Cardeira à primeira tentativa e António
Galeano à segunda, numa pega sem brilho uma vez que o primeiro ajuda foi
logo colado ao forcado da cara na primeira tentativa…Coisas!
Dirigiu com acerto o antigo cabo do grupo das Caldas e agora
director de corrida Francisco Calado.
De parabéns está também a Toiros e Cultura de Paulo Pessoa de Carvalho pelo trabalho
que tem feito naquela praça. Olé!