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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Caldas da Rainha: O filme e a crónica de uma tarde divertida (C/Fotos)











































27 anti taurinos a protestar contra a corrida de toiros e no interior da praça das Caldas da Rainha a moldura era de casa cheia
Este é o começo de uma crónica de uma tarde (15 de Agosto de 2012) entretida de toiros naquele magnifico tauródromo.
António Telles rubricou duas grandes actuações. O Maestro da Torrinha, com o melhor lote dos toiros enviados pelo Engº Inácio Ramos, esteve soberbo.
Clássico, praticando um toureio frontal, manejando os oponentes, António deixou ferros de belo efeito, ao estribo, para grande satisfação do público.
Rui Fernandes só conseguiu brilhar no seu primeiro, pois o segundo do seu lote foi o pior da corrida. Parado, sem transmitir e ordinário.
Mesmo assim, no final da segunda lide, o público exigiu a presença de Rui para lhe conceder uma forte ovação pelo seu labor.
No seu primeiro tudo foi diferente. Imprimiu uma boa brega, mexeu no toiro, entrou em terrenos de compromisso e arrancou grandes ovações.
Com uma quadra afinada, Fernandes esteve em grande plano.
A tarde era de cavaleiros e matadores e, perante essa situação, esteve também em praça o matador Luís Vital “Procuna”.
Variado e vistoso de capote, poderoso e dominador na cravagem dos pares de bandarilhas, Procuna assinou bons momentos com a muleta.
No seu primeiro, o toiro de Inácio Ramos poderia ter dado mais, caso não tivesse sido “severamente castigado” com capotazos durante o tércio de bandarilhas.
Com uma qualidade muito acima da média, o matador “nem queria acreditar” no toiro de oiro que tinha pela frente.
Deu-lhe bons muletazos, mostrou-se por naturais e arrancou alguns bons passes de peito, pena que as tandas não tenham sido mais ligadas.
No seu segundo voltou a estar bem perante um toiro mais mansote e sem o mesmo som, mas deixou escrito que em Portugal as corridas mistas têm qualidade e podem ter futuro.
Quanto aos seis exemplares da Ganadaria de Inácio Ramos, gostaríamos de frisar que gostámos dos três primeiros, nota média para o quarto (toiro que pedia importância), detestámos o quinto (segundo de Fernandes) e passamos com 11 valores o último da corrida.
No geral saíram muito bem apresentados, alguns com bravura qb, mas escassos de força.
No capítulo das pegas, o Grupo de Santarém esteve extraordinário, com duas pegas à primeira através do cabo Diogo Sepúlveda e João Brito “Pauleta”. Grandes primeiras do Nelson Ramalho.
Pelo grupo das Caldas da Rainha foram solistas Mário Cardeira à primeira tentativa e António Galeano à segunda, numa pega sem brilho uma vez que o primeiro ajuda foi logo colado ao forcado da cara na primeira tentativa…Coisas!
Dirigiu com acerto o antigo cabo do grupo das Caldas e agora director de corrida Francisco Calado.
De parabéns está também a Toiros e Cultura de Paulo Pessoa de Carvalho pelo trabalho que tem feito naquela praça. Olé!