A entrevista de Diogo
Costa Monteiro e Hélder Milheiro, da Associação Prótoiro, à revista Novo
Burladero (NB) originou um conjunto de questões nos mentideros da festa,
nomeadamente a questão relacionada com os honorários/José do Carmo Reis, em
particular.
O ex dirigente
daquela associação, que saiu em rota de colisão com os restantes parceiros, não
gostou da forma como foi abordado o tema por parte dos ex-colegas.
“Compreendo que
àquelas pessoas convenha o facto de se apresentarem como os messias”, disse,
indignado.
Em entrevista ao
Diário Taurino, José Do Carmo Reis, agora dirigente da Associação de Tradições
e Cultura Tauromáquica, apresenta a sua versão dos factos e aborda a temática
dos honorários, um “dossier”algo polémico e que tem gerado alguma controvérsia
no mais intimo recanto da festa e dos seus agentes.
Foto em baixo: José Carmo Reis com Diogo Costa Monteiro e Hélder Milheiro
Revê-se nos
comentários sobre si (honorários) na entrevista da NB à Prótoiro?
Como deve entender, eu não me posso rever naquilo que não é
verdade! Compreendo que àquelas pessoas convenha o facto de se apresentarem
como os messias que, de uma forma absolutamente altruísta, defendem a Festa,
enquanto relativamente a mim se pretende passar uma imagem de mercenário que,
provavelmente, estava na Federação pelas razões erradas. Penso, ainda, que
tenha ficado bem claro no meu esclarecimento aquando da minha saída, as razões
que conduziram a tal, e onde me parece também claro que, a “iniciativa própria”
foi o que menos pesou. Quanto aos honorários, e a título de exemplo, lembro-me
que, imediatamente a seguir à corrida em Viana do Castelo em 2012, todos
recebemos.
Está então a dizer
que a Comissão Executiva da Prótoiro mentiu?
Não! Estou apenas a constatar um facto. Aliás tenho
constatado muitos ultimamente que, por comparação com as razões que conduziram
à minha saída, são infinitamente mais graves, e que parecem ficar impunes. Mas
claro, não me compete a mim pronunciar-me sobre isso. A Prótoiro tem uma
Direcção, e cabe a essa Direcção que é constituída por pessoas muito validas,
ajuizar sobre isso. No entanto, enquanto aficionado, acho de uma gravidade
extrema um membro da CE avançar com declarações públicas sobre uma Associação,
e no dia imediatamente a seguir ser desmentido pela própria Associação a que se
referiu. Ultimamente, este caso dos supostos contactos a jornalistas para
estarem, ou não, presentes nos Açores, acho que são de uma inconsciência
extrema.
E quanto ao resto da
entrevista?
Eu entendo que me devo pronunciar, sobre e quando, o meu
nome é envolvido. Foi por isso que acedi
responder ao Diário Taurino. Quanto ao
resto da entrevista, infelizmente para a Tauromaquia Lusa, ela não passa de um
confrangedor “déjà vu” com cinco paginas.
Mais algum pormenor
que lhe mereça um comentário?
Apenas para aclarar que eu entrei quando a CE tomou posse,
ou seja, entramos todos ao mesmo tempo! E a minha saída deu-se em Maio e não em
Abril!
Fotos:D.R.