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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Figueira da Foz: "Branco mais branco não há!" (C/Fotos)

João Maria Branco foi triunfar "forte e feio" à Figueira da Foz
Mestre António Telles não teve matéria para saborear o êxito a cem por cento
João Moura Jr. também não teve sorte com o seu lote. Mesmo assim mostrou o seu perfume na Figueira da Foz


- Na Figueira da Foz a tarde foi de João Maria Branco. Um êxito tipo “branco mais branco não há !
Perante mais de meia casa, lidaram-se toiros de Francisco Romão Tenório que saíram muito bem apresentados, mas que não permitiram, por exemplo, a António Ribeiro Telles e a João Moura Jr., que repartiam cartel com Branco, o êxito que sonhavam, tendo sido também bastante duros para os forcados.
Estes dois cavaleiros (Telles e Moura) fizeram de tudo para dar a volta aos mansos, brutos e por vezes perigosos que lhes couberam em sorte, mas nem sempre foi fácil…Com tal matéria por diante é difícil construir grandes faenas.
Mesmo assim o Maestro da Torrinha deixou a sua marca e brindou-nos com atuações de valor e de labor, ao passo que o de Monforte puxou do seu estatuto para dar a volta por cima aos oponentes. Nada mais poderiam fazer, deixaram na arena tudo o que podiam dar perante tal matéria.
Mas a tarde era de João Maria Branco que soube aproveitar da melhor forma o seu lote e brindou tudo e todos com bons momentos de toureio, principalmente no seu primeiro, onde cravou ferros de verdade e emoção. A ladear e a rematar as sortes esteve toureiro e após a lide do seu segundo o público figueirense aplaudiu de pé.
Montadas como o “Da Vinci”, ferro Lima Duarte e a nova aquisição, “Fandi”, que pertencia a Ana Batista, marcaram a diferença. Apoteose, com o público da Figueira entregue por completo! Passo importante na carreira do toureiro que, quanto a nós, merece por inteiro repartir cartel com Pablo e Moura Jr em Lisboa. Tem valor, tem vindo a triunfar e seria justo!
Não falámos dos forcados no início deste texto porque queríamos guardar este espaço para esses heróis da Figueira da Foz. Os grupos de Santarém e Lisboa mostraram porque são dos melhores e foram também eles justos triunfadores. Pegas duras e forcados valentes!
Foram solistas por Santarém António Taurino à primeira, Salvador Ribeiro à segunda e, depois, de cernelha sem sucesso, após valorosas tentativas, José Miguel Carrilho e Miguel Tavares. A dupla foi dobrada por Bruno Giovetti que consumou rija pega ao segundo intento.
Por Lisboa foram solistas Martim Lopes, à primeira, Pedro Gil após três valentes e rijas tentativas foi dobrado por Mota Ferreira e Pedro Viegas que consumaram de cernelha. Destaque para Mota Ferreira, um valente e decidido forcado que proporcionou grandes momentos a todos! Fechou a tarde Manuel Guerreiro que consumou à quarta tentativa e a sesgo.
Dirigiu com acerto e competência este festejo que contou com a assinatura da empresa do Campo Pequeno, o competente diretor de corrida, Lourenço Luzio.