Mestre António Telles não teve matéria para saborear o êxito a cem por cento
João Moura Jr. também não teve sorte com o seu lote. Mesmo assim mostrou o seu perfume na Figueira da Foz
- Na Figueira da Foz a tarde foi de João Maria Branco.
Um êxito tipo “branco mais branco não há !
Perante mais de meia casa, lidaram-se toiros de
Francisco Romão Tenório que saíram muito bem apresentados, mas que não
permitiram, por exemplo, a António Ribeiro Telles e a João Moura Jr., que
repartiam cartel com Branco, o êxito que sonhavam, tendo sido também bastante
duros para os forcados.
Estes dois cavaleiros (Telles e Moura) fizeram de
tudo para dar a volta aos mansos, brutos e por vezes perigosos que lhes
couberam em sorte, mas nem sempre foi fácil…Com tal matéria por diante é
difícil construir grandes faenas.
Mesmo assim o Maestro da Torrinha deixou a sua marca
e brindou-nos com atuações de valor e de labor, ao passo que o de Monforte
puxou do seu estatuto para dar a volta por cima aos oponentes. Nada mais
poderiam fazer, deixaram na arena tudo o que podiam dar perante tal matéria.
Mas a tarde era de João Maria Branco que soube
aproveitar da melhor forma o seu lote e brindou tudo e todos com bons momentos
de toureio, principalmente no seu primeiro, onde cravou ferros de verdade e
emoção. A ladear e a rematar as sortes esteve toureiro e após a lide do seu
segundo o público figueirense aplaudiu de pé.
Montadas como o “Da Vinci”, ferro Lima Duarte e a
nova aquisição, “Fandi”, que pertencia a Ana Batista, marcaram a diferença.
Apoteose, com o público da Figueira entregue por completo! Passo importante na
carreira do toureiro que, quanto a nós, merece por inteiro repartir cartel com
Pablo e Moura Jr em Lisboa. Tem valor, tem vindo a triunfar e seria justo!
Não falámos dos forcados no início deste texto
porque queríamos guardar este espaço para esses heróis da Figueira da Foz. Os
grupos de Santarém e Lisboa mostraram porque são dos melhores e foram também
eles justos triunfadores. Pegas duras e forcados valentes!
Foram solistas por Santarém António Taurino à
primeira, Salvador Ribeiro à segunda e, depois, de cernelha sem sucesso, após
valorosas tentativas, José Miguel Carrilho e Miguel Tavares. A dupla foi
dobrada por Bruno Giovetti que consumou rija pega ao segundo intento.
Por Lisboa foram solistas Martim Lopes, à primeira,
Pedro Gil após três valentes e rijas tentativas foi dobrado por Mota Ferreira e
Pedro Viegas que consumaram de cernelha. Destaque para Mota Ferreira, um
valente e decidido forcado que proporcionou grandes momentos a todos! Fechou a
tarde Manuel Guerreiro que consumou à quarta tentativa e a sesgo.
Dirigiu com acerto e competência este festejo que
contou com a assinatura da empresa do Campo Pequeno, o competente diretor de
corrida, Lourenço Luzio.