Recebemos do aficionado Emílio Vidigal este comunicado/artigo de opinião que publicamos já de seguida.
Nada tem a ver com o nosso blog, mas sim com o blog amigo sortesdegaiola.
O Alvarenga ensinou-me que as notícias/artigos de opinião não ficam guardados na gaveta, por isso aqui vai:
Devia ser
obrigatório dar uma pontuação a todos os intervenientes no espectáculo taurino
Exmº Director do
www.sortesdegaiola.blogspot.com
Aceito as regras
da direcção do ora identificado como “Sortes de Gaiola”, V/Exª é livre de
publicar ou não, aquilo que me vai na alma.
Li com atenção a
crónica e a crítica, publicada acerca da Corrida TV, realizada em Albufeira em
2012-08-08. Concordei e discordei de alguns comentários, percebi alguma
malvadez, e muito servilismo nalgumas afirmações, mas como conheço alguma coisa
destes meandros, dei pouca importância e entendi tudo como “mais do mesmo”.
Não fora o facto
do “Sortes de Gaiola”, voltar hoje (2012-14-08) ao assunto, para mim e depois
de um fim-de-semana tão intenso em corridas e crónicas, o tema e a concordância
/discordância estariam para mim ultrapassadas.
Permito-me fazer
os seguintes comentários que desde já reconheço, V/Exª tem todo o direito de
publicar ou não, uma coisa fica registada, eu não me chamo “Solange Pinto”, e
não vou alimentar o triste espectáculo que o Sr. Cortesão (com falta de
cortesia alimentou com a sua colega).
Os prémios às
melhores lides a cavalo a pé e às melhores pegas, sempre existiram e são um
aliciante extra, que mobiliza aficionados a frequentar as nossas praças de
toiros. “ na boca do Sr. Cortesão são uma merda” . Eu discordo.
Frequento mais
praças espanholas, do que portuguesas, em todas as grandes feiras taurinas, são
disputadíssimos os mais variados troféus. Não consigo perceber a origem da
afirmação do Sr. Cortesão, “ em Espanha não se disputam prémios”.
Gostava de
perceber (segundo o Sr Cortesão) o que são, a ornamentação das vitrinas dos
nossos ilustres toureiros, Victor Mendes, João Moura e João Cortes.
A história do
padre e do sacristão, “metáfora segundo o Sr. Cortesão”, traz-me á memória
outra metáfora, “a do Jornalista e a do jornaleiro”, uns escrevem segundo a sua
intuição e marcam um estilo, outros escrevem à jorna, à linha e tal como
qualquer asno, de acordo com a ração que recebem.
Atribuição dos
prémios em Albufeira – O Sr. Cortesão faz uma série de comentários depreciativos,
chegando a invocar gravidade dos factos, no relato das lides, premeia todos sem
deixar transparecer quem devia ser premiado. Parece a Srª D. Rebimbas, dá
flores a toda a gente. O Sr. José luís Cochicho, e o Sr. Virgílio Palma Fialho,
Membros do Júri, decerto não perderão tempo a comentar estes incidentes, mas eu
Emílio Vidigal, um forcado igual aos mais vulgares que pisaram as arenas,
sinto-me orgulhoso de ter partilhado o Júri com tão ilustres figuras.
As dúvidas do
Júri, desvaneceram-se após a lide do sexto toiro. Até ali, Luís Rouxinol e
Felipe Redondo eram os vencedores. Após a lide de Tito Semedo, depois de três
intensas horas de corrida, ainda estavam preenchidos mais de três quartos de
praça, (deve ter sido nessa altura que o Sr. Cortesão ligou o televisor)
ouviu-se a maior ovação da noite, que premiava uma actuação sem ferros
descaídos nem passagens em falso. (Luís Rouxinol com uma grande actuação tinha
registado uma passagem em falso e cravado um ferro ligeiramente descaído. Joel
Zambujeiro, jovem cabo do Grupo de Cascais, efectua uma pega, que foi um
verdadeiro hino á arte de pegar toiros, foram evidentes na execução os três
tempos do toureio - Parar – Templar e Mandar.
O forcado Felipe Redondo, tinha efectuado uma
pega muito rija e a um toiro difícil, mas o primeiro tempo parar e falar com o
touro não foi marcado, tendo sido efectuado com auxílio do cabo e do peão de
serviço. Refiro-me aos tempos do toureio, porque tive a honra de integrar o
primeiro grupo de forcados que pisou a arena da Praça México. No dia seguinte
um Jornalista de um periódico taurino, registava “ Los Forcados Lenharam lá
México”. Pegar toros es igual que torear, ay que Parar Templar e Mandar”.
Segundo o Sr.
Cortesão, Público – Três quartos de casa á vista, eu estive lá, vi as bancadas
preenchidas, e tive a confirmação de que ficaram na bilheteira cerca de 200
bilhetes.
Para outras
praças o Sr. Cortesão utiliza outro tipo de expressão, por exemplo: “Campo
Pequeno, Corrida do Correio da Manhã”, bilhetes 2 em 1, O Sr. Cortesão relata “pouco
público” , estavam 1200 pessoas na praça, deduzindo as ofertas a forcados e outros intervenientes
devem ter sido vendidos 500 bilhetes.
Termino como
comecei, só o facto do “Sortes de Gaiola” ter voltado ao assunto me levou a
tecer estes comentários.
Devo dizer que
considero pior a “emenda que o soneto”. Se a crónica já de si era uma falta de
respeito, pelo Júri, pela Monumental de Albufeira (Dor de corno) e pelo
Empresário, Ganadero e Matador de Toiros “Fernando dos Santos”, a carta ao Sr.
Tito Semedo é um compêndio de servilismo, falta de nobreza e um acto de
verdadeiro jornaleiro.
Com os meus
cumprimentos Sr. Director António Costa, o tempo tudo cura, e o rico leque de
colaboradores que o “Sortes de Gaiola “, tem, decerto que vai fazer esquecer
este incidente, na minha opinião infeliz do Sr. Cortesão.
Nota da redacção: Aguardamos resposta do "velho" Cortesão
Foto:D.R.